
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), considerado a prévia da inflação oficial, subiu 0,89 por cento em agosto, sobre alta de 0,72 por cento no mês anterior, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Pesquisa da Reuters com economistas estimava alta de 0,82 por cento para o período.
Essa foi a maior variação para um mês de agosto desde 2002, quando o índice foi de 1%. Com isso, o índice acumula alta de 5,81% no ano e de 9,3% em 12 meses. Em agosto de 2020, a variação havia sido de 0,23%.
A meta do Banco Central para a inflação neste ano é de 3,75%, com margem de 1,5 ponto percentual para mais ou menos, ou seja, podendo variar entre 2,25% e 5,25%.
Luz puxa alta
Assim como no mês passado, o IPCA-15 foi puxado pelo aumento na conta de luz em agosto. Com aumento de 5% no mês, a energia elétrica exerceu o maior impacto individual no resultado, sendo responsável por 0,23 p.p. (ponto percentual) no índice.
Nos meses de julho e agosto vigorou no país a bandeira tarifária vermelha patamar 2, que, a partir de 1º de julho, teve aumento de 52% no valor adicional cobrado na conta de luz.
O valor que era de R$ 6,243 a cada 100 kWh consumidos subiu para R$ 9,492. Dessa forma, o grupo habitação ficou com a maior alta no mês: 1,97%, equivalente a 0,31 ponto percentual do índice geral. Além da energia elétrica, o grupo foi influenciado pelos aumentos nos preços do gás de botijão (3,79%) e do gás encanado (0,73%).
*Com Reuters