
O volume de serviços no Brasil teve alta de 0,7% em agosto frente a julho, na série com ajuste sazonal, conforme mostram dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (14).
O resultado ficou bem acima das projeções do mercado, que aguardava avanço de apenas 0,2% no período. Assim, o setor se encontra 10,1% acima do nível de fevereiro de 2020, período pré-pandemia, e 0,9% abaixo de novembro de 2014 — ponto mais alto da série histórica.
Na comparação anual, o volume de serviços teve alta de 8,0%, ante expectativa de 6,9%, enquanto a variação no acumulado dos últimos 12 meses foi de +8,9%.
“O setor de serviços vem avançando há quatro meses seguidos. A última vez que isso havia acontecido foi no ano passado, quando chegamos a cinco meses no campo positivo entre abril e agosto. No mês anterior, o setor estava 1,5% abaixo do pico da série e, em agosto, ele se aproxima ainda mais, ficando no ponto mais próximo desse nível desde novembro de 2014”, explica o analista da pesquisa, Luiz Almeida.
Três das cinco atividades pesquisadas acompanharam o resultado positivo do índice geral. Entre elas, os destaques foram as de outros serviços (6,7%) e de informação e comunicação (0,6%). No mês anterior, o volume do setor de outros serviços havia caído 5,0%. “Esse resultado positivo vem após uma queda, o que não é incomum especialmente no setor de serviços financeiros auxiliares, que teve maior influência sobre esse avanço e também sobre a retração do mês anterior”, destaca o pesquisador. Os serviços financeiros auxiliares abarcam corretoras de títulos, consultoria de investimentos e gestão de bolsas de mercado de balcão organizado.