
Na última quinta-feira (1), a vice-presidente da Argentina, Cristina Kirchner, sofreu um atentado em frente à sua casa em Buenos Aires. O autor da tentativa de disparo foi identificado pela Polícia Federal Argentina, como brasileiro, Fernando André Sabag Montiel, de 35 anos.
De acordo com o presidente da Argentina, Alberto Fernández, a pistola .380 tinha cinco projéteis, e apesar de acionada, não disparou.
Após a tentativa, o suspeito teria saído correndo. De acordo com a polícia, cinco pessoas seguiram Fernando, o que ajudou os agentes a identificá-lo. A pistola foi encontrada na calçada.
Pessoas que estavam no local no momento do atentado à vice-presidente, gravaram vídeos do momento em que o homem aponta a arma para a cabeça de Cristina e atira. No momento, a vice-presidente coloca as mãos na cabeça imediatamente, mas o disparo falhou.
Em seguida, próximo da casa de Cristina haviam centenas de pessoas reunidas prestando solidariedade e apoio à vice-presidente. Vale destacar que Cristina está em meio a um julgamento por corrupção.
O que se sabe do suspeito?
De acordo com a Polícia Argentina, o brasileiro Fernando André Sabag Montiel é filho de mãe argentina e pai chileno. Em 2020, seu pai, Fernando Ernesto Montiel Araya, foi alvo de um inquérito para expulsão do Brasil.
A polícia identificou que Fernando teria sido detido em março de 2021, portando uma faca de 35 centímetros, no bairro de La Paternal, onde supostamente morava.
Na situação, o brasileiro afirmou que portava o objeto para sua defesa pessoal. Além disso, de acordo com os registros, Fernando trabalhava como motorista de aplicativo na Argentina.
Repercussão
Após a tentativa de atentado à vice-presidente da Argentina, o presidente argentino, Alberto Fernández declarou feriado nacional em solidariedade à Cristina Kirchner.
Fernández afirmou que o ataque merece repúdio de toda a sociedade argentina, “de todos os setores políticos, de todos os homens e mulheres da república, porque esses fatos afetam nossa democracia”.
No Twitter, o ministro da Economia da Argentina caracterizou o caso como uma “tentativa de assassinato”. “Quando o ódio e a violência prevalecem sobre o debate, as sociedades são destruídas e situações como estas surgem: tentativa de assassinato”, declarou o ministro.