De acordo com dados divulgados pela B3, nesta quarta-feira (11), o número de investidores teve um aumento de mais de 43% no primeiro semestre de 2021, ante o mesmo período de 2020. O mês de junho fechou com 3,8 milhões de contas.
O valor em custódia investido em renda variável alcançou R$ 545 bilhões, cifra 55% superior à registrada no mesmo período de 2020.
“As pessoas estão investindo com valores menores, observamos, por exemplo, que o primeiro investimento mediano mensal encolheu para R$ 352, ante R$ 985 em 2020”, explica Felipe Paiva, diretor de Relacionamento e Pessoa Física da B3.
Entre os 104 mil investidores que entraram em junho deste ano, 42% entraram com investimentos ainda menores, na faixa de até R$ 200.
O levantamento da B3 mostrou, ainda, que um a cada dois investidores possuem mais de cinco ativos na carteira. De acordo com os dados, em junho de 2021, 80% das pessoas físicas possuíam mais de um ativo, já em 2016, o valor era de 41%.
As ações e os fundos imobiliários (FIIs) são os principais produtos de entrada desse investidor. No segundo trimestre de 2021, 26% das pessoas investiam em ações e fundos imobiliários (FIIs), 4% em ações e ETFs (fundos de índice), 1% em FIIs e ETFs e 8% em ações, FIIs e ETFs.
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Os dados também mostram que as demais regiões fora do eixo Rio-São Paulo têm mostrado maior aumento relativo na comparação entre 2018 e 2021. As regiões Norte e Nordeste cresceram 575% e 486%, respectivamente.
“Pessoas cada vez mais jovens e de outras regiões do país vêm percebendo as oportunidades de investir na Bolsa e se dando conta de que podem começar com valores que cabem no bolso. Com mais opções de diversificação na carteira é possível se planejar para atravessar as oscilações do mercado rumo a novas fontes de rendimento”, explica Paiva.
Mulheres e jovens
Segundo a pesquisa, a maior parte dos investidores têm entre 25 a 39 anos, o que representa 48% dos investidores na Bolsa.
A análise da B3 destaca, ainda, que as mulheres entram com valores maiores que os homens, sendo R$ 481 contra R$ 303. Em 2014, por exemplo, a média do valor inicial das mulheres era de R$ 6 mil, contra R$ 4 mil dos investidores.
A participação das investidoras na Bolsa chegou a quase 30%.
A B3 observa ainda um crescimento relevante da participação de mulheres em BDRs, que hoje representam 25%.