A Organização Mundial da Saúde (OMS) confirmou até o último sábado (21) a contaminação da varíola dos macacos em 92 pacientes. Até o momento a confirmação ocorreu em 12 países: Reino Unido, Espanha, Portugal, Alemanha, Bélgica, França, Holanda, Itália, Suécia, Estados Unidos, Canadá e Austrália. Existem 50 casos que estão sob investigação.
No Brasil, não há registro da doença, no entanto o vírus foi identificado em um brasileiro de 26 anos na Alemanha, vindo de Portugal, após passar pela Espanha.
A doença é rara e pouco conhecida. De acordo com informações da NHS, sistema de saúde britânico, a infecção viral, geralmente se manifesta de forma leve e a maioria dos pacientes se recupera em algumas semanas.
Com isso, a organização estima de que não existem chances de infecções de varíola torna-se uma pandemia, como foi a de Covid-19 no início de 2020. Uma das explicações é de que o vírus não espalha-se tão facilmente como o coronavírus e, com isso, o risco de contaminação é considerado baixo.
Além disso, apesar de não haver uma vacina específica para o vírus, a imunização contra a varíola tem garantido alta eficácia (85%), uma vez que ambos os vírus são bastante semelhantes.
Apesar disso, o fato da doença estar surgindo em países onde não ocorria até agora, tem chamado a atenção da OMS. Por isso, a organização realizou na última sexta-feira (20) uma reunião de emergência para avaliar a questão.
Diante disso, a agência disse, em comunicado, que o quadro atual é “atípico, porque [a doença] está ocorrendo em países onde ela não é endêmica”, e acrescentou que irá ajudar os países afetados no monitoramento dos casos.
Como é feita a transmissão da varíola dos macacos em seres humanos?
A varíola dos macacos é transmitida, normalmente, a partir do contato próximo com uma pessoa infectada. O vírus tende a entrar no corpo humano por meio de lesões da pele, pelo sistema respiratório ou ainda pelos olhos, nariz e boca.
Além disso, embora ainda não comprovado, pode ser transmitido por meio de relações sexuais. Animais infectados também podem espalhar o vírus.
Os sintomas, geralmente, aparecem de 5 a 21 dias após contato com o vírus e causa muita coceira. Além disso, outros sintomas comuns incluem febre, dor de cabeça, dor nas costas ou musculares, inflamações nos nódulos linfáticos, calafrio, além de exaustão.
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