
O Ibovespa registra forte queda nesta quarta-feira (4) com diversos fatores atuando sobre o índice. Bradesco (BBDC4) e Petrobras (PETR4), que são as ações mais negociadas no momento, estão despencando mais de 3%. Além disso, o conflito do presidente da República, Jair Bolsonaro, com o STF e o TSE, junto aos temores com o orçamento de 2022 contribuem para queda.
O Bradesco (BBDC4) divulgou os resultados do segundo trimestre na terça-feira (3). O lucro líquido recorrente do banco foi de R$ 6,3 bilhões, alta de 63,2% na comparação anual. Já a carteira de crédito expandida do banco ficou em R$ 726,453 bilhões no período, o que representa um crescimento de 3% em relação ao trimestre anterior. Ainda assim, os papéis do banco caem 3,51%, a R$ 23,66 às 13h30.
A Petrobras, por sua vez, sofre com a forte queda do petróleo. O Brent para outubro operava em baixa de 1,30%, a US$ 71,47 por barril. Com isso, a PETR4 registra queda de 3,2%, cotada a R$ 25,99.
A temporada de resultados ainda reserva para o final do dia os números de empresas como Braskem e Banco do Brasil. Também após o fechamento será conhecida a decisão de política monetária do Banco Central, com muitos no mercado esperando uma alta da Selic para 5,25% ao ano.
Os principais índices nos Estados Unidos caíam nesta quarta, com preocupações sobre a desaceleração do crescimento econômico e novos temores sobre a Covid-19 atingindo setores economicamente sensíveis, incluindo bancos e indústrias.
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O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, opera em forte queda de 1,73%, cotado a 121.437,00 pontos às 13h30.
O dólar comercial registra alta de 0,80%, cotado a R$ 5,234.
Nos Estados Unidos, as bolsas estão mistas, mas com predominância de baixas. O S&P 500 está operando em -0,40% (4.406,10), o Nasdaq registra +0,05% (14.769,40), enquanto o Dow Jones está em -0,84% (34.820,21).
Confira os destaques desta quarta:
PMI: Produção de serviços no Brasil tem em julho maior expansão em 8 anos e meio
A forte recuperação no volume de novos negócios levou a produção de serviços do Brasil à maior expansão desde o início de 2013, com o setor mantendo trajetória de crescimento em julho, de acordo com a pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês).
Segundo dados divulgados nesta quarta-feira pela IHS Markit, o PMI de serviços subiu a 54,4 em julho, de 53,9 em junho, segundo aumento seguido na produção e o mais rápido em oito anos e meio. Leitura acima de 50 indica expansão.
Os participantes da pesquisa informaram que a recuperação se deveu à conquista de novos clientes, ao fortalecimento da demanda e à suspensão de algumas restrições locais.
Raízen movimenta R$6,9 bilhões no maior IPO do ano no país
A Raízen, joint venture entre Shell e Cosan, precificou sua oferta inicial de ações a 7,40 reais por papel nesta terça-feira, que movimentou 6,9 bilhões de reais, no maior IPO do ano no Brasil.
O montante inclui a oferta base de 810.811.000 ações preferenciais, mais os papeis suplementares, no total de 121.621.650 papéis. A empresa e coordenadores optaram em não exercer o lote adicional de até 162.162.200 ações.
O preço fixado saiu no piso da faixa estimada para o IPO, que ia até 9,60 reais, segundo publicado no website da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), confirmando o que publicara a Reuters mais cedo, citando fontes com conhecimento do assunto.