Carros que freiam sozinhos e mantêm a distância do veículo da frente já são uma realidade. As tecnologias que auxiliam o condutor, conhecidas como ADAS (Sistemas Avançados de Assistência ao Motorista), estão cada vez mais comuns e representam um grande avanço na segurança veicular.
Quais tecnologias que auxiliam o condutor são mais comuns hoje?
Os sistemas ADAS vão muito além dos sensores de estacionamento. Hoje, muitos carros já saem de fábrica com um pacote de tecnologias que atuam para prevenir acidentes, utilizando uma combinação de câmeras e radares para “ler” o ambiente ao redor do veículo.

Entre os mais comuns estão o Piloto Automático Adaptativo (ACC), que ajusta a velocidade para manter uma distância segura do carro da frente, e a Frenagem Automática de Emergência (AEB), que pode frear o carro para evitar uma colisão.
Principais sistemas ADAS:
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Alerta de Colisão Frontal (FCW)
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Assistente de Permanência em Faixa (LKA)
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Alerta de Ponto Cego (BSW)
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Frenagem Automática de Emergência (AEB)
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Piloto Automático Adaptativo (ACC)
Como esses sistemas funcionam na prática?
Essas tecnologias funcionam como um “anjo da guarda” eletrônico. Câmeras instaladas no para-brisa e radares na grade frontal monitoram constantemente o trânsito, as faixas da pista e os pedestres.
Esses sensores enviam milhões de dados por segundo para uma unidade de controle eletrônico (ECU), o “cérebro” do carro. Se o sistema detecta uma situação de risco, como uma aproximação rápida demais do veículo da frente, ele primeiro emite um alerta sonoro e visual e, se o motorista não reagir, pode atuar de forma autônoma nos freios ou na direção.
Essas tecnologias são regulamentadas no Brasil?
Sim, e a tendência é que se tornem cada vez mais obrigatórias. Assim como os freios ABS e os airbags se tornaram itens de série, o Controle Eletrônico de Estabilidade (ESC), um dos sistemas ADAS mais importantes, já é obrigatório em todos os carros novos vendidos no Brasil.
Para aprofundar seu conhecimento sobre as tecnologias de segurança automotiva, selecionamos o conteúdo do canal Be!Tech, que conta com mais de 1,4 milhão de inscritos. No vídeo a seguir, os especialistas detalham visualmente como funcionam na prática os sistemas ADAS, como o controle de cruzeiro adaptativo e a frenagem de emergência:
A Secretaria Nacional de Trânsito (SENATRAN) estabelece as normas de segurança veicular no país. A expectativa é que, nos próximos anos, outros sistemas, como a frenagem automática de emergência, também se tornem itens mandatórios, seguindo uma tendência global de aumento da segurança.
Qual a diferença entre um carro semiautônomo e um com ADAS?
Essa é uma dúvida comum. Um carro com ADAS ainda depende 100% do motorista; as tecnologias apenas auxiliam em situações de risco. Já um carro com capacidade semiautônoma (nível 2 de automação) pode controlar a direção e a velocidade ao mesmo tempo em certas condições, como em uma rodovia bem sinalizada.
Apesar de o carro “dirigir” por alguns segundos, o motorista precisa manter as mãos no volante e a atenção na via, pronto para assumir o controle a qualquer momento. A segurança no trânsito, um tema de interesse do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), ainda depende, acima de tudo, do fator humano.
| Nível (Simplificado) | O que o Carro Faz | Responsabilidade do Motorista |
| Nível 1 (ADAS) | Ajuda com velocidade ou direção (Ex: ACC). | Controle total, monitora o sistema. |
| Nível 2 (Semiautônomo) | Controla velocidade e direção ao mesmo tempo. | Controle total, supervisiona o sistema. |
| Nível 3 a 5 (Autônomo) | O carro dirige sozinho em certas condições (ainda raro). | Varia, pode tirar a atenção da via. |

