A última semana de 2025 chega com uma agenda intensa de pagamentos de proventos no mercado brasileiro. Entre esta segunda-feira, 29 de dezembro, e a terça-feira, 30, dezenas de empresas de capital aberto realizam o pagamento de dividendos e juros sobre capital próprio (JCP), além de definirem datas-com que garantem o direito a proventos a serem pagos ao longo de 2026 e até 2028.
O movimento marca o encerramento do exercício com distribuição relevante de caixa aos acionistas e exige atenção redobrada dos investidores, tanto para o recebimento efetivo dos valores quanto para o impacto técnico nas cotações com o ajuste das ações à condição “ex”.
Pagamentos realizados nesta segunda-feira (29)
Nesta segunda, empresas de diferentes setores efetuam o crédito de dividendos e JCP nas contas dos acionistas:
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Vulcabras (VULC3): dividendo intercalar (3ª parcela) de R$ 0,12 por ação
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Eucatex (EUCA4): JCP de R$ 0,66 por ação ON (líquido de R$ 0,56) e R$ 0,73 por PN (líquido de R$ 0,62)
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Tegma (TGMA3): dividendos intermediários de R$ 1,52 por ação
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RD Saúde (RADL3): dividendos de R$ 0,07 por ação
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Melnick (MELK3): dividendos de R$ 0,06 + intercalar de R$ 0,25 por ação
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Minerva (BEEF3): dividendos intercalares de R$ 0,16 por ação
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Log (LOGG3): dividendos (intermediários e intercalares) no total de R$ 3,18 por ação
Data-com desta segunda: ações que ficam “ex” amanhã (30)
Além dos pagamentos, esta segunda também define a data-com para diversas companhias, que passam a negociar “ex-proventos” a partir de terça-feira:
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Unifique (FIQE3): dividendos de R$ 0,56 por ação, com pagamentos programados entre 2026 e 2028
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Bradesco (BBDC4): JCP complementar, líquido de R$ 0,29 por ON e R$ 0,32 por PN, com pagamento até 31/07/2026
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ISA Energia (ISAE4): JCP (1ª parcela) líquido de R$ 0,21 por ação, pagamento em 28/01/2026
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Plano&Plano (PLPL3): dividendo de R$ 0,49 por ação, pagamento em 01/07/2026
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BTG Pactual (BPAC11): JCP líquido de R$ 0,12 por unit, pagamento em 13/02/2026
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Banco ABC Brasil (ABCB4): JCP de R$ 1,53 por ação (bruto), pagamento em 11/02/2026
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Multiplan (MULT3): JCP de R$ 0,30 por ação (bruto), com pagamento até 30/12/2026
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Schulz (SHUL4): JCP líquido de R$ 0,08 por ação, pagamento em 25/02/2026
Terça-feira (30) concentra novos pagamentos
A terça-feira reúne um dos maiores volumes de pagamentos de proventos do ano, com destaque para grandes nomes do varejo, energia, bancos e consumo:
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M. Dias Branco (MDIA3): dividendo mensal de R$ 0,03 por ação
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Tenda (TEND3): dividendo de R$ 0,40 por ação
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ISA Energia (ISAE4): 3ª parcela de JCP líquido de R$ 0,19 por ação
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Grupo Mateus (GMAT3): JCP de R$ 0,04 por ação (bruto), além de parcelas anteriores
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Ambev (ABEV3): dividendo de R$ 0,46 por ação
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Totvs (TOTS3): JCP de R$ 0,17 por ação (bruto)
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Alpargatas (ALPA4): dividendos de R$ 0,34 por ON e R$ 0,37 por PN
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Cemig (CMIG4): proventos do exercício 2024 (total de R$ 0,67) + dividendos de R$ 0,14 por ação
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Grazziotin (CGRA3/CGRA4): dividendo de R$ 3,95 por ação
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Rede D’Or (RDOR3): JCP de R$ 0,18 (bruto) + dividendos de R$ 2,54 por ação
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Bradespar (BRAP4): dividendos de R$ 0,59 por ON e R$ 0,65 por PN
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Vivara (VIVA3): dividendos de R$ 0,69 por ação
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Boa Safra (SOJA3): JCP de R$ 0,29 por ação (bruto)
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CSU Digital (CSUD3): JCP de R$ 0,62 + dividendos de R$ 1,20 por ação
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Guararapes (GUAR3): dividendos de R$ 0,39 + intercalares de R$ 1,74 por ação
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Azzas (AZZA3): dividendo de R$ 1,58 por ação
Data-com de terça: foco em 2026 e além
Na terça-feira também ocorre a data-com para empresas cujos pagamentos se estendem para os próximos anos, como Copel, B3, Neoenergia, Sanepar, Banco Mercantil, Romi e 3tentos, entre outras. Os papéis passam a negociar “ex” em 2 de janeiro de 2026, refletindo o ajuste técnico nos preços.
O que o investidor deve observar
Especialistas lembram que, embora os proventos reforcem o retorno ao acionista, o valor distribuído é descontado do preço das ações na data ex, o que não representa ganho automático. A decisão de compra deve considerar fundamentos, geração de caixa e sustentabilidade dos pagamentos ao longo do tempo.
Com o calendário carregado, o fechamento de 2025 reforça o protagonismo dos dividendos e do JCP como componente relevante da estratégia de investimento na bolsa brasileira.
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