A Ponte Mista de Marabá é um dos exemplos mais emblemáticos de como a engenharia brasileira adapta soluções de infraestrutura às necessidades regionais. Localizada em área urbana de Marabá, no sudeste do Pará, a estrutura cruza o rio Tocantins em um ponto estratégico, antes da região do lago da Usina Hidrelétrica de Tucuruí, e desde a década de 1980 se tornou um elo essencial para a circulação de cargas e de pessoas na região Norte.
O que é a Ponte Mista de Marabá e onde ela está localizada?
Oficialmente chamada de Ponte Mista de Marabá, a estrutura é conhecida também como ponte rodoferroviária de Marabá. Ela cruza o rio Tocantins em um trecho urbano do município, conectando margens historicamente ocupadas por bairros, atividades comerciais e rotas de acesso ao interior do Pará.
A ponte está situada antes da área alargada pelo reservatório da UHE Tucuruí, em um ponto onde o rio ainda apresenta largura expressiva e correnteza significativa. Na prática, integra a Estrada de Ferro Carajás e a rodovia BR‑155, reduzindo a necessidade de obras paralelas e fortalecendo a logística regional.

Como funciona o sistema rodoferroviário na Ponte Mista de Marabá?
A ponte tem aproximadamente 2.340 metros de extensão, figurando entre as maiores pontes rodoferroviárias do Brasil. No centro do tabuleiro está a via férrea da Estrada de Ferro Carajás, por onde passam longos trens de minério e outras cargas pesadas.
Nas laterais, estão as pistas rodoviárias associadas à BR‑155, em que a circulação ocorre em “mão inglesa”, com tráfego pela esquerda, solução adotada para compatibilizar a geometria da ponte com os acessos em cada margem e organizar melhor o fluxo de entrada e saída.
Quais são as principais características operacionais da ponte?
O arranjo rodoferroviário da ponte combina diferentes tipos de tráfego em um único tabuleiro, exigindo organização específica e sinalização adequada. Essa configuração reduz interferências entre os modais e aumenta o aproveitamento estrutural da obra.
Entre os elementos que definem o funcionamento cotidiano da Ponte Mista de Marabá, destacam-se as seguintes características integradas de operação:
- Via férrea central para trens de carga pesados e composições longas
- Pistas rodoviárias laterais com tráfego pela esquerda, em “mão inglesa”
- Tabuleiro único compartilhado entre estrada e ferrovia, otimizando espaço
- Ligação direta entre BR‑155 e Estrada de Ferro Carajás, facilitando a logística
Para entender melhor como funciona a Ponte Mista de Marabá e por que ela é considerada uma das obras mais estratégicas da engenharia brasileira na região Norte, vale assistir ao vídeo do perfil Zipdocs, que conta com mais de 1,5 mil curtidas e detalha todos os pontos estratégicos da ponte:
@zipdocs 🚗💡 Você já imaginou dirigir na CONTRAMÃO por necessidade e não por erro? Na ponte mista de Marabá, isso é a realidade! Localizada numa curva do rio Tocantins, essa obra única adota a mão inglesa 🇬🇧 para facilitar o tráfego. Com 2.340 metros, não só conecta Pará e Maranhão, mas também histórias, culturas e o impressionante escoamento de minério desde a década de 80. 🌉✨ Além de ser um espetáculo da engenharia, oferece vistas de tirar o fôlego do rio e do pôr do sol. 🌅 Já visitou essa maravilha ou ficou curioso? Compartilhe sua experiência ou marque alguém que precisa ver isso! #BrasilIncrível #Engenharia #TurismoNacional #PonteMista #Marabá #CuriosidadesBrasil #maranhão #pará #Tocantins #serradecarajás #portodeitaqui
Quais soluções de engenharia foram adotadas na Ponte Mista de Marabá?
Do ponto de vista estrutural, a ponte se destaca pela superestrutura metálica do tipo caixão (box girder), que oferece elevada rigidez torcional e boa distribuição dos esforços. Essa solução é adequada para cargas concentradas e variáveis, como trens pesados e tráfego rodoviário intenso.
Sobre a estrutura metálica, foi executada uma laje de concreto protendido com faixas pré-moldadas, permitindo vencer vãos maiores com menor espessura e menor deformação. A opção por um tabuleiro principal sem juntas de dilatação aparentes reduz manutenção, ruídos de passagem e descontinuidades sobre os trilhos.
Por que a Ponte Mista de Marabá é importante para a região Norte?
Construída entre 1984 e 1985 e inaugurada em 28 de fevereiro de 1985, a ponte surgiu no contexto de expansão da Estrada de Ferro Carajás. Desde então, tornou-se estratégica para o escoamento de minério pelo Pará e para a integração rodoviária via BR‑155.
Na escala regional, a ponte conecta o interior do estado a portos e polos industriais, beneficiando cadeias ligadas à mineração, agropecuária e comércio. Além do impacto econômico, a estrutura tem forte valor simbólico para Marabá, pois influenciou a mobilidade urbana, a ocupação das margens do Tocantins e a própria imagem da cidade.

