Entre ladeiras de pedra e casarões coloniais, Ouro Preto, em Minas Gerais, se apresenta como uma cidade que combina passado e presente em cada esquina. A antiga Vila Rica, surgida no auge do ciclo do ouro no século XVII, tornou-se uma das cidades históricas mais conhecidas do país e é considerada um dos principais símbolos da formação do Brasil.
Por que Ouro Preto é uma cidade histórica tão importante?
Ouro Preto preserva um conjunto arquitetônico colonial raro, com igrejas, chafarizes, pontes e sobrados que mantêm características originais. As ruas estreitas e íngremes, o calçamento de pedra e o traçado irregular remetem diretamente ao século XVIII.
Reconhecida como Patrimônio Mundial pela UNESCO, a cidade foi um dos principais centros da mineração de ouro e palco da Inconfidência Mineira. Assim, a visita funciona como uma aula ao ar livre sobre o período colonial e a formação política e social do Brasil.
Quais são as principais igrejas, museus e mirantes de Ouro Preto?
Entre as atrações mais marcantes, as igrejas barrocas se destacam pela riqueza artística e pelo valor histórico. A Igreja de São Francisco de Assis, ligada ao trabalho de Aleijadinho e Mestre Ataíde, impressiona pela fachada e pelos detalhes do interior.
A Basílica de Nossa Senhora do Pilar chama atenção pela grande quantidade de ouro em sua decoração, enquanto a Igreja de Nossa Senhora do Carmo se destaca pela harmonia arquitetônica. No campo cultural, o Museu da Inconfidência, a Casa dos Contos e espaços como o Oratório Museum ajudam a entender o cotidiano do ciclo do ouro.

Que passeios diferentes e experiências autênticas a cidade oferece?
Além do circuito de igrejas e museus, o turismo em Ouro Preto inclui visitas a antigas minas de ouro, como a Mina Du Veloso, a Mina Chico Rei e a Mina de Ouro Santa Rita. Esses passeios, feitos com guias locais, explicam métodos de extração e condições de trabalho na época colonial.
Quem busca contato com a natureza encontra trilhas curtas, cachoeiras e mirantes naturais nos arredores da cidade. Para organizar melhor essas experiências, vale considerar alguns tipos de programa que podem complementar o roteiro:
- Passeios a minas históricas com guias locais.
- Caminhadas pelo centro histórico e praças principais.
- Trilhas até mirantes e áreas naturais próximas.
- Visitas a ateliês de arte, artesanato e joalherias.
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Como organizar um roteiro de viagem para Ouro Preto?
O planejamento varia de acordo com o tempo disponível e o ritmo de viagem. Em 1 dia, o ideal é focar no centro histórico, visitar uma ou duas igrejas principais, o Museu da Inconfidência e caminhar pela Praça Tiradentes sem pressa.
Com 2 ou 3 dias, é possível incluir minas históricas, um mirante como o Morro São Sebastião e museus menores, além de passeios gastronômicos. Nesse caso, vale considerar as ladeiras íngremes, prever pausas para refeições típicas e, se houver tempo, incluir um bate-volta até Mariana.
Para ver essa cidade histórica além das fotos, o vídeo a seguir do canal Traz o Passaporte, apresentado pelo casal Tainá Flor e Lucas Sartório, que já conta com mais de 92 mil visualizações, percorre ladeiras, igrejas, minas e mirantes, mostrando de perto a atmosfera colonial, os detalhes do barroco mineiro e o ritmo da cidade hoje:
Como é a gastronomia e a vida cultural em Ouro Preto?
A culinária mineira complementa a experiência de viagem, com restaurantes instalados em sobrados históricos servindo feijão-tropeiro, frango com quiabo, angu, torresmo e pratos com carne de porco. Doces de leite, goiabadas, compotas e queijos artesanais aparecem em feiras, vitrines e pequenos empórios.
A vida local é marcada pela presença de moradores, estudantes universitários e artistas que circulam pelas praças. Eventos culturais, feiras de arte e apresentações em igrejas e espaços públicos mantêm Ouro Preto viva o ano todo, unindo história, cultura, paisagens e sabores em um só destino.

