A lei de travessia e preferência de pedestres é uma das normas mais desrespeitadas no trânsito urbano brasileiro, principalmente em áreas movimentadas. Muitos motoristas acreditam que só precisam parar quando existe semáforo ou sinal luminoso. Entender como a regra funciona na prática ajuda a evitar multas, conflitos e riscos de atropelamento.
O que a lei de travessia e preferência de pedestres determina?
As regras estão previstas no Código de Trânsito Brasileiro, principalmente no artigo 70, que trata da preferência do pedestre, e no artigo 214, que define as penalidades. Esses dispositivos deixam claro que o pedestre tem prioridade em locais apropriados de travessia. O objetivo da norma é proteger quem está mais vulnerável.
O motorista deve reduzir a velocidade e parar sempre que houver pedestre atravessando ou prestes a atravessar a via, mesmo sem semáforo no local. A preferência não depende de gesto, pedido ou sinalização manual do pedestre. A simples intenção de atravessar já exige atenção e respeito do condutor.

O pedestre tem preferência mesmo sem faixa pintada?
O pedestre tem preferência em cruzamentos sem semáforo ou sinalização específica, mesmo quando não há faixa pintada no asfalto. A lei considera o cruzamento um ponto natural de travessia segura. Essa regra existe porque muitos bairros e vias não possuem pintura adequada.
Nessas situações, o motorista deve reduzir a velocidade e aguardar a travessia completa antes de seguir. Avançar com o veículo pode gerar multa e aumentar o risco de atropelamento. A falta de faixa não elimina o dever de cuidado e atenção.
Quando o motorista é obrigado a parar na faixa de pedestres?
O motorista é obrigado a parar sempre que o pedestre já estiver atravessando ou demonstrar intenção clara de atravessar a via. Isso vale para faixas com ou sem semáforo, desde que o sinal esteja aberto para veículos. A prioridade do pedestre permanece mesmo em vias movimentadas.
Forçar passagem ou avançar com o veículo quando o pedestre já iniciou a travessia é infração prevista em lei. Esse comportamento coloca vidas em risco e gera penalidades severas. O correto é parar antes da faixa e aguardar a travessia completa.
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Qual é a multa por não respeitar a preferência do pedestre?
Deixar de dar preferência ao pedestre na faixa é infração gravíssima segundo o Código de Trânsito Brasileiro. A penalidade inclui multa elevada e pontos na Carteira Nacional de Habilitação. A regra busca coibir comportamentos que colocam pedestres em situação de risco extremo.
Além da punição administrativa, o motorista pode responder civilmente em caso de atropelamento. Em disputas judiciais, o entendimento costuma favorecer o pedestre. Isso ocorre porque a legislação reconhece sua maior vulnerabilidade no trânsito.

Em quais situações o pedestre perde a preferência?
A preferência do pedestre não é absoluta e pode ser perdida quando ele ignora regras básicas de travessia. Isso acontece, por exemplo, quando há passarela próxima ou semáforo exclusivo para pedestres. Nesses casos, atravessar fora da regra também é considerado infração.
Algumas situações comuns ajudam a entender quando a preferência muda na prática. Mesmo assim, o motorista continua responsável por evitar acidentes sempre que possível.
- Atravessar fora da faixa quando há faixa próxima
- Ignorar semáforo fechado para pedestres
- Atravessar entre veículos parados fora do cruzamento
- Usar o celular durante a travessia sem atenção ao tráfego
Mesmo quando o pedestre erra, a responsabilidade de evitar o atropelamento é compartilhada. Atenção e prudência são exigidas de todos. O trânsito seguro depende do comportamento coletivo.
Respeitar a preferência do pedestre torna o trânsito mais seguro
A regra de travessia existe para proteger quem está mais vulnerável no trânsito urbano. Pedestres não possuem proteção física e dependem diretamente da atitude dos motoristas. Pequenas falhas de atenção podem gerar consequências graves.
Respeitar a preferência reduz atropelamentos, evita multas e melhora a convivência nas cidades. Quando cada um cumpre seu papel, o trânsito se torna mais previsível. Isso beneficia motoristas, pedestres e toda a comunidade.

