Em meio à complexidade crescente da tecnologia, o Engenheiro de Plataforma surge como o profissional que facilita a vida dos programadores, criando ferramentas que automatizam e otimizam o desenvolvimento de software. Essa nova carreira já oferece salários que ultrapassam os R$ 18 mil.
O que faz um Engenheiro de Plataforma na prática?
O Engenheiro de Plataforma constrói e mantém uma “plataforma interna de desenvolvimento” (IDP – Internal Developer Platform). Pense nessa plataforma como uma base sólida, com ferramentas e processos padronizados, que permite aos desenvolvedores de software criar, testar e implantar suas aplicações de forma rápida e segura.

Seu trabalho é eliminar gargalos e reduzir a complexidade da infraestrutura, permitindo que os times de desenvolvimento foquem no que fazem de melhor: criar produtos. Ele é, essencialmente, um “facilitador” que aumenta a produtividade de toda a equipe de tecnologia.
Por que essa profissão se tornou tão valorizada?
A valorização vem da necessidade de agilidade das empresas. Em um ambiente de nuvem complexo, os desenvolvedores perdiam muito tempo com tarefas de infraestrutura. O Engenheiro de Plataforma resolve esse problema ao criar um sistema de “autoatendimento” para os desenvolvedores.
Isso acelera a entrega de novos produtos e funcionalidades, gerando um impacto direto nos resultados do negócio. Por otimizar o trabalho da equipe mais cara de uma empresa de tecnologia, seu papel se tornou extremamente estratégico e bem remunerado.
Tecnologias comuns no seu dia a dia:
Orquestração de contêineres (Kubernetes)
Infraestrutura como Código (Terraform, Ansible)
Sistemas de CI/CD (Jenkins, GitLab CI)
Provedores de Nuvem (AWS, GCP, Azure)
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Quais as diferenças para um engenheiro DevOps?
Embora as áreas sejam correlatas, elas têm focos diferentes. DevOps é uma cultura ou filosofia que busca unir desenvolvimento (Dev) e operações (Ops). Já a Engenharia de Plataforma é a aplicação prática dessa cultura, criando um produto interno para os desenvolvedores.
O Engenheiro de Plataforma “produtiza” as práticas DevOps, oferecendo uma experiência mais simples e padronizada para os times de desenvolvimento. A tabela abaixo ajuda a esclarecer as diferenças.
| Característica | Engenheiro DevOps | Engenheiro de Plataforma |
| Foco Principal | Cultura, processos e automação de pipelines. | Criação de um produto (a plataforma) para desenvolvedores. |
| Principal Cliente | A organização como um todo. | O desenvolvedor de software. |
| Entrega Final | Pipelines automatizados e infraestrutura. | Uma plataforma de autoatendimento (IDP). |
Como é o mercado e o caminho para se tornar um?
A demanda por Engenheiros de Plataforma está em alta, mas a oferta de profissionais qualificados ainda é baixa, o que eleva os salários. A carreira é vista como uma evolução natural para engenheiros de DevOps, SREs (Site Reliability Engineers) ou desenvolvedores com forte conhecimento de infraestrutura.
Para aprofundar essa técnica, selecionamos o conteúdo do canal LINUXtips, que já conta com mais de 7 mil visualizações. No vídeo a seguir, o especialista Jeferson Fernando detalha visualmente se a Engenharia de Plataforma é o fim do DevOps como conhecemos:
A profissão se enquadra nas carreiras de alta especialização do CBO (Classificação Brasileira de Ocupações). O portal gov.br/trabalho reflete a digitalização do mercado de trabalho, onde funções como esta ganham destaque. Para começar, é preciso dominar automação, nuvem e, principalmente, ter empatia pelas dores dos desenvolvedores.

