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Fed e Copom decidem nesta Superquarta o rumo das taxas de juros

Por Renata Nunes
10/12/2025
Em ECONOMIA

O mercado financeiro acompanha nesta quarta-feira (10) a última Superquarta do ano, com decisões do Federal Reserve (Fed) e do Comitê de Política Monetária (Copom). As reuniões começaram na terça-feira (9) e as divulgações devem acontecer ao longo do dia.

A combinação de dados mais recentes de inflação e atividade, tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos, aumentou a sensibilidade dos investidores a qualquer mudança de sinal nas comunicações dos dois bancos centrais.

Superquarta: Fed deve entregar último corte antes de uma pausa prolongada

No exterior, o foco está na expectativa de um último corte de 25 pontos-base pelo Fed, movimento que deve levar a taxa básica americana para o intervalo entre 3,50% e 3,75%.

De acordo com Andressa Durão, economista do ASA, as falas recentes de dirigentes do Fed, entre eles o presidente do Fed de Nova York, John Williams, consolidaram a leitura de que o banco central deve fazer mais um ajuste para baixo, mas já preparando o terreno para uma pausa prolongada.

A expectativa é de:

  • Decisão dividida no Fomc, sem unanimidade;
  • Comunicado ajustado para deixar claro que novo corte na reunião seguinte não é o cenário-base;
  • Atenção total ao dot plot, que deve seguir indicando apenas um corte de 25 bps para 2026, em linha com as projeções de setembro, ainda que haja espaço para revisões.

Durão avalia que o comportamento do núcleo do PCE até setembro, mais fraco, abre margem para o Fed revisar para baixo as projeções de inflação, ao mesmo tempo em que as estimativas de PIB sobem e a taxa de desemprego permanece relativamente estável.

Na coletiva, a expectativa é que Jerome Powell reforce a ideia de “calibragem fina” da política monetária: reconhecer a piora gradual do mercado de trabalho, mas sem sinalizar pressa para cortes mais agressivos à frente.

No Brasil: Copom deve manter Selic em 15%: ASA e Daycoval veem BC ainda cauteloso

No cenário doméstico, o consenso entre as casas consultadas é de manutenção da Selic em 15% ao ano nesta reunião.

Para Leonardo Costa, economista do ASA, o Copom deve seguir com a estratégia de manter a política monetária em “território contracionista” até que a convergência da inflação à meta esteja mais clara. Ele destaca que o balanço de dados desde a última reunião ficou “mais benigno”, com:

  • Inflação corrente mais fraca;
  • Primeiros sinais de desaceleração da atividade econômica.

Ainda assim, dois pontos seguem no radar do BC:

  • Mercado de trabalho apertado;
  • Expectativas de inflação ainda acima do centro da meta.

“O comunicado deve reforçar que a Selic precisa permanecer em território contracionista por um período prolongado”, avalia Costa.

O ASA projeta o início dos cortes apenas em março de 2026, com redução de 0,50 ponto percentual, condicionada a uma melhora das expectativas e a uma desaceleração mais evidente da economia.

O cenário recente até aumenta o risco de corte antecipado em janeiro, mas essa não é a aposta central da casa.

Visão Daycoval: manter 15% até março de 2026 e retirar sinal de nova alta

No mesmo sentido, relatório do Banco Daycoval projeta manutenção da Selic em 15% ao ano até março de 2026 e um Copom ainda firme no discurso de cautela.

Entre os principais pontos da análise do Daycoval:

  • O BC deve manter a taxa em 15% e reforçar que os juros precisam seguir altos por “período bastante prolongado”, preservando o termo “bastante” na comunicação;
  • A instituição vê espaço para o Copom retirar a frase que fala em possibilidade de retomada do ciclo de alta, deixando mais claro que esse não é o cenário-base hoje;
  • A projeção de inflação em 3,3% para o 2º trimestre de 2027, horizonte relevante em que o BC mira a convergência à meta, não deve ser alterada;
  • Os dados de atividade do 3º trimestre confirmam a trajetória de desaceleração;
  • Na inflação, as surpresas benignas se concentraram em itens mais voláteis, mas as expectativas seguem desancoradas, o que exige prudência.

Na prática, ASA e Daycoval desenham um cenário parecido: Selic parada em 15% por mais tempo, sem sinal de alta iminente, mas com o BC tentando evitar que o mercado antecipe um ciclo de cortes já no começo de 2026.

IPCA de novembro: energia sobe, alimentos aliviam

Além das decisões de Fed e Copom, o mercado acompanha de perto o IPCA de novembro, que, segundo estimativas do ASA, deve acelerar para 0,18%.

Os principais vetores são:

  • Pressão de energia elétrica, com o fim da deflação e retorno da bandeira vermelha 1;
  • Alta em serviços, influenciada pelo efeito pontual da COP30 em Belém, que elevou preços de hospedagem.

Na direção oposta, ajudam a conter o índice:

  • Deflação de alimentos, puxada por in natura e leite;
  • Queda da gasolina, refletindo reduções de preços nas distribuidoras.

Segundo Costa, o núcleo da inflação segue “benigno”, permitindo ao ASA projetar um IPCA de 4,2% em 2025, abaixo do teto da meta de 4,5%.

Arilton Teixeira alerta para volatilidade e defende prudência do BC

A leitura de Arilton Teixeira, sócio da Apex Partners, reforça o caráter delicado da decisão desta Superquarta. Para o economista, embora a inflação recente tenha perdido força, esse alívio se deve se dá por um motivo específico.

“Será muito mais atribuído à bandeira tarifária, energia e petróleo do que a uma mudança estrutural no comportamento dos preços. A inflação de serviços segue alta e preocupante, e as expectativas voltaram a convergir, mas continuam dependentes de um ambiente fiscal fragilizado”, avalia Teixeira.

Ele defende ainda que qualquer corte agora seria prematuro e destaca que reduzir juros neste momento pode provocar uma disparada do dólar, reacender a inflação e obrigar o Banco Central a ser ainda mais duro depois, o que é perigoso em ano eleitoral. Para ele, o caminho mais prudente é manter a Selic parada e ajustar a comunicação, indicando que cortes voltarão a ser considerados somente se a trajetória de preços permitir.

“Errar cedo custa mais caro do que ser conservador. Já vimos o desastre que foi reduzir juros com inflação alta em 2011. O BC precisa evitar repetir esse erro”, afirma.

Teixeira lembra que a curva futura já embute cortes graduais ao longo de 2026, mas alerta que “sem ajuste fiscal, o Brasil não sustenta juros mais baixos e o mercado sabe disso”.

Mercado entra na Superquarta dividido, mas com mais visibilidade para 2026

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9 de dezembro de 2025
  • Nos EUA, o tom da coletiva de Powell será decisivo para calibrar apostas sobre quando e em que velocidade o Fed pode voltar a cortar juros no próximo ano;
  • No Brasil, o mercado vai dissecar cada linha do comunicado do Copom: se o BC retira o viés de alta, se reforça o “bastante prolongado” e como lê os sinais recentes de desaceleração da atividade e alívio inflacionário.

Entre um Fed mais próximo do juro neutro e um Banco Central brasileiro ainda relutante em iniciar o ciclo de afrouxamento, o recado desta Superquarta tende a ser de transição: menos sobre o que acontece hoje, mais sobre quando e como 2026 vai começar, de fato, na política monetária.

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