O cenário fiscal do Brasil enfrenta desafios significativos, com a dívida pública alcançando 90% do PIB e taxas de juros reais variando entre 7% e 7,5%. Alexandre Mathias, da Monte Bravo, destaca que, para o país manter alguma estabilidade fiscal, seria necessário um crescimento em torno de 2% ao ano e um superávit primário de 4%, uma equação que se mostra pouco viável no atual contexto.
No cenário atual, o Brasil encontra-se sob a influência de um ambiente global benigno, que tem impulsionado diversos ativos, mas que também esconde riscos estruturais internos. “Sem um ajuste crível, o Brasil pode enfrentar crises semelhantes àquelas que ocorreram durante o governo Dilma“, afirma Mathias. A preocupação principal é como a solidez da economia global pode suportar o Brasil diante de suas fragilidades fiscais.
Fiscal, juros e economia
A expectativa de queda na taxa de juros tem gerado um efeito positivo nas bolsas de valores e no câmbio. Contudo, Alexandre observa que essa diminuição das taxas não substitui a necessidade de ajustes estruturais no Brasil. “Enquanto os mercados globais se beneficiam, o Brasil continua a depender de decisões políticas que podem afetar sua recuperação econômica“, ressalta.
Além disso, o cenário fiscal deve voltar a ser uma preocupação maior em 2026, especialmente com a aproximação do período eleitoral. As ações governamentais entre agora e as eleições serão cruciais para determinar se o país conseguirá evitar crises futuras. Em geral, o desempenho do Brasil será fortemente influenciado por fatores internos e externos.
Como a economia brasileira pode se recuperar?
A recuperação da economia brasileira se torna uma questão de manter um crescimento persistente e um ambiente de negócios saudável. O governo precisa implementar reformas necessárias e promover um superávit fiscal consistente, com isso o Brasil poderá estabilizar sua economia e atrair mais investimentos. O diálogo entre o setor público e privado será vital para criar confiança e garantir que os investidores se sintam seguros ao investir no país.
O futuro fiscal do Brasil está intimamente ligado à sua capacidade de enfrentar os desafios atuais e de implementar reformas estruturais. Os próximos anos serão decisivos.













