A tensão entre os poderes Executivo, Legislativo e o Supremo Tribunal Federal (STF) no Brasil tem gerado preocupações em relação à governabilidade e sua influência na economia. Segundo o economista VanDyck Silveira, essa crise remonta à Constituição de 1988, onde a falta de limites claros entre os poderes ampliou as disputas internas e tornou o presidencialismo de coalizão mais frágil.
Como resultado, a situação atual expõe um Executivo que busca constantemente decisões no STF, enquanto o Congresso tenta recuperar seu protagonismo.
Silveira observa que a tensão política pode resultar na paralisia de agendas essenciais, como a votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e a criação de uma âncora fiscal crível. “Sem um equilíbrio institucional adequado, continuamos a enfrentar altos juros reais e uma dívida em expansão”, afirma o economista.
Além da tensão política
Atualmente, os juros reais elevados estão diretamente associados à falta de certezas na política fiscal e monetária. VanDyck Silveira ressalta que essa situação é reflexo das dificuldades enfrentadas pelo governo e pela necessidade urgente de um novo arcabouço econômico. O cenário macroeconômico é complexo, com um crescimento baixo e uma dívida pública cada vez mais crescente.
Além disso, o economista adverte que “a instabilidade política pode acentuar a resistência do investimento privado“, considerando que a falta de confiança dos investidores é um fator crítico que pode limitar as futuras expansões econômicas.
Como os investidores devem agir?
Em um ambiente de incerteza e instabilidade, muitos investidores se perguntam como ajustar suas estratégias. VanDyck recomenda que um enfoque em ativos que possam oferecer proteção contra a inflação e a volatilidade se torna crucial.
As opções incluem:
- Investimentos em títulos indexados à inflação, que podem prevenir perdas reais em períodos de aumento de preços;
- Acúmulo de ativos em moedas fortes, como o dólar, para diversificação;
- Acompanhamento das movimentações políticas, dado que mudanças podem resultar em rápidas flutuações no mercado.
Além disso, com a expectativa de reformas estruturais sendo discutidas, os investidores devem estar atentos a oportunidades emergentes enquanto gerenciam o risco associado à instabilidade política.
Qual é a solução para a tensão política?
No fim das contas, a solução para a crise demanda um compromisso de todos os lados envolvidos. “É imperativo que haja um diálogo entre o Executivo, o Legislativo e o Judiciário para que possamos restaurar a confiança nas instituições e garantir um ambiente econômico saudável“, conclui VanDyck.
Enquanto isso, o mercado financeiro permanece cauteloso, e a reforma do arcabouço econômico atual se torna cada vez mais urgente para a recuperação do Brasil.
















