A Lei nº 15.153/25 representa uma mudança relevante nas políticas públicas brasileiras, principalmente no âmbito da mobilidade e acessibilidade de condutores. O principal objetivo dessa legislação é garantir que parte dos valores arrecadados com multas de trânsito seja destinada para subsidiar a obtenção da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) para cidadãos de baixa renda inscritos no Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico), ampliando o acesso à mobilidade e promovendo maior igualdade no trânsito.
Como a inclusão da CNH social beneficia a população de baixa renda?
A inserção desse benefício no Código de Trânsito Brasileiro traz efeitos práticos e simbólicos. Na prática, facilita a formação e a regularização de condutores que anteriormente estavam afastados devido à burocracia e aos custos envolvidos no processo.
Além disso, esse avanço representa um movimento de promoção da equidade no trânsito brasileiro, alinhando-se a políticas sociais que objetivam reduzir desigualdades econômicas. O alcance dessa medida engloba:
- Formação e legalização de condutores de baixa renda
- Promoção da inclusão social e da cidadania
- Redução da desigualdade no acesso à CNH

O processo de transferência digital de veículos está mais ágil e seguro?
Além da inclusão social, a modernização do Código de Trânsito Brasileiro também trouxe a possibilidade de realizar a transferência de propriedade de veículos totalmente de forma eletrônica, com contratos assinados digitalmente e certificados.
Os órgãos de trânsito estaduais e do Distrito Federal ficaram responsáveis por promover a infraestrutura necessária para garantir que as vistorias digitais sejam feitas com segurança e autenticidade, deixando os procedimentos mais eficientes e menos burocráticos.

Quais foram os principais vetos presidenciais ao projeto?
Apesar dos avanços, alguns dispositivos do Projeto de Lei 3965/21 foram vetados pela Presidência. Entre eles, foi retirada a permissão para uso de plataformas de assinatura eletrônica mantidas por empresas privadas nas transferências digitais de veículos.
Também foram vetadas a obrigatoriedade de exame toxicológico negativo para novos condutores de qualquer categoria e a permissão para que clínicas de aptidão física e mental realizassem exames toxicológicos, devido a possíveis conflitos de interesse.
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Quando as novas regras do Código de Trânsito entram em vigor?
Inicialmente, o Congresso Nacional havia previsto vigência imediata, mas o Executivo estabeleceu que as mudanças começarão a valer após 45 dias da publicação oficial da lei.
Esse prazo tem como objetivo garantir a adaptação de procedimentos, treinamentos e melhorias de infraestrutura necessários à implantação das novas normas. A expectativa é que essas atualizações promovam uma mobilidade urbana mais eficiente e socialmente justa no Brasil.
















