No programa BM&C News, Andrea Angelo, estrategista de inflação da Warren comentou as perspectivas para a Selic em 2026, especialmente em meio a um cenário de desaceleração econômica. Andrea destacou que, apesar de a inflação atual estar controlada, existem pressões fiscais que podem influenciar as decisões futuras do Banco Central.
Em sua análise, Andrea enfatizou que “a atuação do Banco Central será fundamental para evitar desequilíbrios inflacionários e garantir um ambiente estável para os investidores”. Esses fatores são especialmente relevantes no contexto atual, em que o Brasil busca se reerguer após períodos de instabilidade econômica.
Qual é o impacto da política fiscal na Selic?
A política fiscal no Brasil continua sendo um desafio significativo para o futuro. Andrea observou que a pressão sobre as contas públicas pode afetar diretamente a estratégia de juros. “O controle fiscal é essencial para garantir que não tenhamos um desvio nas expectativas de inflação”, afirmou. A soma de desafios como o alto endividamento e a necessidade de investimento público pode exigir ajustes em um espaço mais curto.
“Se não houver um comprometimento efetivo com a austeridade fiscal, podemos ver uma trajetória descontrolada para a taxa Selic, o que afastaria investimentos e desestabilizaria a economia.” Neste contexto, os investidores devem ficar atentos à maneira como o governo lidará com suas contas públicas durante os próximos meses.
Quais serão os próximos passos para os investidores?
Especialistas sugerem que investidores considerem uma abordagem diversificada em suas carteiras. Distribuir os investimentos entre diferentes ativos pode mitigar riscos em tempos de volatilidade. Estratégias envolvendo ações, renda fixa e até mesmo ativos internacionais devem ser ponderadas.
Além disso, ficou claro que o mercado financeiro está reelaborando suas expectativas. “A inflação, mesmo controlada, ainda gera ruídos, e as estratégias de investimento devem se adaptar a essa realidade”, afirmou Andrea. Investidores que não considerarem essas dinâmicas podem se ver em dificuldade nos próximos anos.
Além da Selic: quais indicadores acompanhar no cenário atual?
Para uma análise mais apurada das condições do mercado, Angelo destacou que é essencial acompanhar alguns indicadores-chave. Os principais incluem:
- Variações na taxa Selic;
- Índices de inflação como o IPCA;
- Desempenho das contas públicas e a dívida pública;
- Taxa de desemprego.
A sinergia entre esses fatores pode determinar a saúde da economia brasileira e sua capacidade de atrair investimentos externos.
Ao final, a especialista enfatizou que “a educação financeira e o entendimento do cenário macroeconômico são fundamentais para todos os tipos de investidores, especialmente em tempos de incerteza”. Portanto, manter-se informado e preparado para diferentes cenários se torna uma peça essencial na estratégia de investimento.














