O IPCA-15 de novembro, prévia da inflação oficial, deve registrar alta entre 0,18% e 0,21%, segundo projeções da XP Investimentos, Itaú, Bradesco, BTG Pactual e Santander.
A estimativa do Banco Daycoval é de 0,19%. De acordo com os economistas Rafael Cardoso, Julio Cesar Barros e Antonio Ricciardi, o comportamento dos alimentos volta a pressionar o índice. “Os preços dos alimentos retornam ao terreno positivo com o fim do período mais favorável para itens in natura e a reversão da deflação das carnes vermelhas”, afirma o relatório do Daycoval.
O grupo alimentação e bebidas deve subir 0,27%, segundo as estimativas do banco. O consenso de mercado vai na mesma direção, apontando pressão em hortaliças e proteínas.
O grupo de serviços também deve exercer influência relevante na alta do índice. O Daycoval projeta avanço de 0,34%, com destaque para passagens aéreas e alimentação fora do domicílio. Para os autores do relatório, “os serviços intensivos em trabalho continuam em patamar elevado”, o que mantém o núcleo de inflação desafiador.
Nos preços administrados, o relatório aponta impacto misto: reajustes dos planos de saúde tendem a pressionar para cima, mas esse movimento deve ser compensado pela deflação de energia elétrica e pela queda da gasolina, avaliação também presente no consenso das demais instituições (XP, Itaú, Bradesco, BTG Pactual e Santander).
Bens industriais devem seguir estáveis, mantendo o comportamento benigno observado nos últimos meses. Os descontos da Black Friday só devem aparecer de forma mais expressiva na leitura de dezembro.
O Daycoval mantém projeção de 4,5% para o IPCA de 2025, com viés de baixa. As projeções das demais instituições, compiladas pela imprensa econômica, variam entre 4,4% e 4,6%.
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