O Fundo Garantidor de Créditos (FGC) informou nesta terça-feira (18) que o pagamento das garantias aos investidores do Banco Master será iniciado assim que receber a base de dados de clientes. A manifestação ocorre horas depois de o Banco Central decretar a liquidação extrajudicial da instituição e de outras empresas do grupo.
Segundo o fundo, o início dos desembolsos depende das informações que serão enviadas pela EFB Regimes Especiais de Empresas, nomeada pelo BC como liquidante responsável pelo levantamento dos valores devidos e identificação dos credores. O processo de pagamento será executado conforme o regulamento do FGC.
“O pagamento da garantia pelo FGC será realizado após o envio da base pelo Liquidante (responsável legal indicado pelo Banco Central)”, informou o comunicado. “O processo será iniciado tão logo o levantamento dos dados seja concluído e disponibilizado ao FGC.”
No comunicado, o Fundo Garantidor reforça que não autoriza empresas ou intermediários a negociar valores a receber e que não há cobrança de taxas para liberação da garantia. Qualquer solicitação de depósitos prévios é considerada tentativa de fraude.
Dúvidas deverão ser encaminhadas para o e-mail oficial: [email protected].
Quais instituições foram liquidadas e o FGC irá cobrir
Os atos publicados pelo Banco Central determinam a liquidação extrajudicial de:
- Banco Master
- Banco Master de Investimento
- Banco Letsbank
- Master Corretora de Câmbio
Com a medida, todas as operações são interrompidas, os vencimentos das obrigações são antecipados e o grupo deixa de operar no Sistema Financeiro Nacional.
Cobertura do FGC
A liquidação aciona automaticamente a cobertura do Fundo Garantidor de Créditos, que protege aplicações como conta corrente, poupança, CDB, RDB, LCI e LCA, até:
- R$ 250 mil por CPF ou CNPJ por instituição,
- Limitado a R$ 1,6 milhão em um período de quatro anos, conforme o regulamento vigente.
O pagamento será feito com base nos dados fornecidos pelo liquidante e liberado à medida que o FGC receber e validar as informações.
O também informou a atualização sobre o aumento do limite global de cobertura: o teto passou de R$ 1 milhão para R$ 1,6 milhão por CPF ou CNPJ em um período de quatro anos.
Contexto: prisão do controlador e decisão do BC
A decisão do Banco Central ocorre em meio às investigações envolvendo o controlador do grupo, Daniel Vorcaro, preso pela Polícia Federal na manhã desta terça-feira (18). Ele é alvo de apurações sobre operações financeiras ligadas ao banco.
A liquidação extrajudicial também inclui a determinação de indisponibilidade dos bens das holdings e administradores associados ao grupo. A medida foi adotada um dia após o anúncio de uma possível aquisição pelo Grupo Fictor, que não avançou.
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