A quarta-feira (12) começa com os mercados atentos a novos sinais de política monetária e atividade global. As atenções se voltam para os indicadores da China, discursos de dirigentes do Federal Reserve e a divulgação do crescimento do setor de serviços no Brasil, enquanto uma enxurrada de balanços corporativos promete movimentar a B3. Além disso, os investidores acompanham a nova pesquisa Genial/Quaest sobre a avaliação do governo Lula e o avanço das negociações para encerrar o shutdown nos Estados Unidos.
Na madrugada, a China reportou números mais fracos no crédito e na oferta monetária, reforçando o cenário de moderação econômica. O país registrou crescimento de 8,1% na base monetária (M2) em outubro, abaixo da expectativa de 8,4%. Já os novos empréstimos somaram apenas 465 bilhões de yuans, bem abaixo do consenso de 1,29 trilhão, enquanto o financiamento social total caiu para 1,23 trilhão, ante 3,53 trilhões esperados.
Falas do Fed e relatório da Opep no radar
Entre os Estados Unidos e o mercado global, o destaque da agenda está nos discursos de membros do Federal Reserve — incluindo Michael Barr, John Williams, Christopher Waller, Raphael Bostic e Susan Collins — que podem oferecer novas pistas sobre os próximos passos da taxa de juros americana. O mercado ainda monitora os dados semanais de hipotecas e o leilão de Treasuries de 10 anos, após recentes pressões sobre os rendimentos.
Além disso, a Opep publica seu relatório mensal de produção e a Agência de Energia (EIA) divulga a perspectiva de curto prazo para o petróleo, antes da leitura semanal dos estoques pela API, às 18h30. O petróleo segue como variável-chave para a inflação global e para as expectativas de juros nos EUA.
O que os dados domésticos indicam sobre a economia?
No Brasil, o IBGE divulgou o crescimento do setor de serviços referente a setembro, que avançou 0,6% na comparação mensal. É o oitavo resultado positivo seguido, marcando um período em que acumulou alta de 3,3%. Às 13h, sai o índice de confiança do consumidor da Reuters/Ipsos, que deve indicar estabilidade no sentimento das famílias, após o dado anterior marcar 53,89 pontos.
Nesse sentido, o Banco Central também publica o fluxo cambial semanal às 14h30, acompanhado de perto após recentes entradas líquidas de mais de R$ 5,7 bilhões. Esses números ajudam a mensurar o apetite estrangeiro pela renda variável brasileira e o comportamento do câmbio em meio às discussões fiscais.
Balanços e proventos agitam o mercado local
Após o fechamento, o mercado corporativo brasileiro será agitado por uma extensa lista de resultados. Divulgam balanços empresas como Banco do Brasil, Equatorial, Copel, Ultrapar, Hapvida, Allos, Auren, Direcional, MRV, Simpar, Metal Leve, Plano & Plano, Moura Dubeux, Casas Bahia, Randon, OceanPact, Americanas, Vittia, Positivo, Ambipar e Oi.
Além dos números trimestrais, investidores acompanham o pagamento e as datas com de Juros sobre Capital Próprio (JCP) em diversas companhias:
- Bradespar (BRAP4): data com em 12/11; valor bruto de R$ 0,74 por ação ordinária e R$ 0,81 por preferencial, com pagamento em 24/11.
- Coelba (CEEB5): pagamento de dois JCPs, somando até R$ 0,50 por ação preferencial B, a partir de 12/11.
- Elektro Redes (EKTR4): pagamento duplo, com valores entre R$ 0,14 e R$ 0,16 por ação, também iniciando em 12/11.
Perspectiva do dia para o investidor
O dia promete volatilidade diante da combinação de indicadores fracos da China, discursos do Fed e intensa agenda corporativa local. Enquanto os investidores tentam calibrar apostas sobre os próximos cortes de juros no Brasil e nos EUA, o comportamento do petróleo e a confiança dos consumidores devem orientar o humor dos mercados.
















