O Grande Prêmio de São Paulo, realizado neste fim de semana no Autódromo de Interlagos, consolidou-se novamente como um grande motor da economia brasileira. De acordo com dados da São Paulo Turismo (SPTuris), o evento gerou um impacto econômico de aproximadamente R$ 2,2 bilhões, resultado superior ao registrado no ano anterior, quando movimentou R$ 1,96 bilhão. A corrida não apenas atraiu fãs do automobilismo de todo o mundo, mas também impulsionou setores como turismo, hotelaria, alimentação e transporte, confirmando o potencial da Fórmula 1 como ativo econômico estratégico para o país.
Durante os três dias de evento, aproximadamente 300 mil pessoas circularam por Interlagos e pela capital paulista, o que representou um crescimento expressivo em relação à edição de 2024. O público internacional também aumentou, com estimativa de 15% de estrangeiros entre os espectadores. A movimentação intensa foi sentida em toda a cidade, com hotéis lotados, aumento na demanda de transporte por aplicativos e forte presença de patrocinadores, empresas e investidores interessados na visibilidade global que o GP proporciona.
Como o GP de São Paulo impacta a economia local
O peso econômico da etapa brasileira é impulsionado pelo grande número de fãs no país e por ser a única corrida da Fórmula 1 realizada na América do Sul. Esse cenário transforma o GP em um evento de relevância continental, atraindo investimentos e ampliando a geração de empregos diretos e indiretos. Segundo estimativas da prefeitura de São Paulo, a corrida de 2025 gerou mais de 20 mil postos de trabalho temporários e reforçou o calendário de grandes eventos da cidade.
Para Allan Adler, CEO do GP São Paulo, o impacto vai além do automobilismo. “O GP São Paulo é uma vitrine do Brasil para o mundo. Temos transmissão para mais de 170 países, e o evento é um catalisador para o turismo, a cultura e os negócios”, afirmou. De fato, a corrida se tornou um dos símbolos do dinamismo econômico paulista, unindo entretenimento, esportes e oportunidades corporativas em um único fim de semana de alta movimentação.
O que faz o GP de São Paulo ser tão relevante para os investidores
Além do público e do impacto direto nas receitas locais, a Fórmula 1 movimenta um ecossistema financeiro cada vez mais sofisticado. Marcas globais disputam espaços de visibilidade durante o evento, enquanto investidores buscam oportunidades ligadas a mídia, patrocínios e inovação tecnológica. O GP também se destaca pela capacidade de atrair capital estrangeiro e consolidar parcerias entre o setor público e privado, impulsionando a infraestrutura urbana e o posicionamento de São Paulo como destino internacional de negócios.
Com a desvalorização do real, o evento se torna ainda mais atrativo para turistas estrangeiros, especialmente vindos da Europa e dos Estados Unidos, que encontram preços competitivos e uma experiência completa de entretenimento e hospitalidade. Esse fluxo ajuda a equilibrar a balança do turismo e amplia a arrecadação municipal, que desde 2022 supera R$ 1 bilhão por ano apenas com grandes eventos realizados na cidade.
Como o GP de São Paulo se compara a outros eventos internacionais?
Em comparação com outras etapas da Fórmula 1, o GP de São Paulo figura entre os mais rentáveis. O GP de Miami, por exemplo, gerou aproximadamente US$ 1 bilhão em impacto econômico nos seus primeiros três anos, enquanto o GP de Monza, na Itália, arrecadou cerca de R$ 2,08 bilhões em 2025. Esses números colocam São Paulo em um patamar de destaque, especialmente por ser o único destino sul-americano do circuito mundial.
O evento brasileiro também tem mostrado evolução constante no público e na infraestrutura. Em 2014, pouco mais de 130 mil pessoas acompanharam a corrida, enquanto em 2024 esse número saltou para mais de 290 mil. O fluxo de visitantes praticamente dobrou em uma década, impulsionado por melhorias logísticas, segurança reforçada e campanhas de promoção internacional conduzidas pela SPTuris e pela Prefeitura de São Paulo.
O legado econômico e cultural deixado pelo GP
O impacto do Grande Prêmio vai muito além da pista. O evento se tornou um vetor de desenvolvimento urbano e de fortalecimento da imagem do Brasil no cenário internacional. A cada edição, a Fórmula 1 contribui para a ampliação da rede hoteleira, a profissionalização do setor de eventos e o crescimento de pequenos negócios locais. Além disso, reforça a vocação de São Paulo como capital dos grandes encontros esportivos, culturais e corporativos.
Com o encerramento da edição de 2025, o GP de São Paulo reafirma sua posição como um dos pilares do calendário econômico do país. Mais do que um espetáculo de velocidade, o evento mostra como o esporte pode se transformar em estratégia de crescimento, movimentando bilhões e conectando o Brasil às grandes economias globais. O legado que fica é o de uma cidade que acelera junto com a Fórmula 1, impulsionando empregos, investimentos e oportunidades de negócios para os próximos anos.