Nesta quinta-feira (06/11/2025), o Ibovespa pode alcançar o 12º dia consecutivo de alta, igualando a maior sequência registrada desde 1997. O índice não termina o pregão em queda desde o dia 22/10/2025. Um levantamento feito pela BM&C News com base nos dados históricos da B3 revela os períodos mais intensos de otimismo e pessimismo vividos pela Bolsa brasileira. A análise das séries diárias do índice mostra que, ao longo de quase três décadas, o mercado alternou momentos de forte euforia e períodos de correção abrupta.

A maior sequência de altas consecutivas ocorreu em maio e junho de 1997, quando o Ibovespa subiu por 12 pregões seguidos, entre 15 de maio e 2 de junho. O movimento refletiu a entrada de capital estrangeiro e o otimismo com o programa de privatizações do governo Fernando Henrique Cardoso.
Outros ciclos relevantes de valorização foram observados:
- Em julho de 2024, quando o índice emplacou 11 altas consecutivas, a maior sequência desde 2018;
- Em outubro de 2009, quando o Ibovespa acumulou 10 pregões de ganhos, em meio à recuperação pós-crise financeira global;
- E em abril de 2016, durante a expectativa pelo impeachment de Dilma Rousseff, quando o índice avançou por nove sessões seguidas, impulsionado pela perspectiva de mudança política e fiscal.
Essas fases de alta prolongada coincidiram, em geral, com fluxos de entrada de capital estrangeiro, otimismo com a economia e expectativas de reformas estruturais.
Crises e correções: as maiores sequências de quedas
Do outro lado, as quedas consecutivas mais intensas também marcaram períodos de grande instabilidade.
O pior movimento identificado na série ocorreu em julho e agosto de 1997, com cinco pregões seguidos de queda, antecipando o impacto da crise asiática, que derrubou bolsas em todo o mundo e fez o Ibovespa desabar quase 15% em um único dia — a maior perda diária registrada naquele ano.

Outros episódios marcantes incluem:
- Setembro de 2008, quando a crise do Lehman Brothers levou o índice a acumular cinco quedas seguidas e queda mensal superior a 11%;
- Março de 2020, no início da pandemia, quando o Ibovespa caiu quatro pregões consecutivos, em meio à disparada da volatilidade global e sucessivos “circuit breakers”;
- E outubro de 2021, quando a deterioração fiscal e política fez o índice registrar cinco dias seguidos de perdas, refletindo incerteza sobre o teto de gastos e as eleições seguintes.
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