Impulsionados por um ambiente de juros elevados e maior seletividade bancária, os Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDCs) vêm se consolidando como protagonistas no mercado de fundos. Em maio de 2025, o patrimônio líquido da categoria alcançou R$ 630 bilhões, um crescimento de 18% em relação ao mesmo mês do ano anterior. O avanço foi tão expressivo que os FIDCs ultrapassaram os fundos de ações, que somaram R$ 606 bilhões e recuaram 8% no período. Com expectativa de atingir R$ 1 trilhão até 2027, os fundos de crédito continuam ganhando espaço ao oferecer menor volatilidade e maior aderência à realidade do crédito no país.
Essa migração de investidores para estruturas mais sofisticadas e seguras tem favorecido casas especializadas. Um dos destaques é a Ouro Preto Investimentos, que alcançou R$ 12,5 bilhões sob gestão em 2025, distribuídos em 130 fundos ativos. Apenas no primeiro semestre do ano, foram transacionados mais de R$ 30 bilhões em operações de crédito, consolidando a gestora entre as principais referências nacionais em fundos estruturados.
FIDCs se tornam o motor da expansão da Ouro Preto
Com forte presença no mercado de crédito privado, a Ouro Preto intensificou sua atuação especialmente entre os FIDCs — hoje são 99 fundos ativos, que somam mais de R$ 8,63 bilhões em patrimônio. A gestora também está estruturando 70 novos FIDCs simultaneamente, reforçando sua capacidade técnica e operacional. Desde 2018, o número de FIDCs sob gestão cresceu 136,4%, refletindo a expansão da demanda por instrumentos que conectam empresas à economia real.
Segundo Leandro Turaça, sócio-gestor da Ouro Preto Investimentos, “esses produtos saíram da margem para o centro da estratégia de muitas empresas e investidores. Não é apenas uma alternativa ao crédito tradicional, é uma forma inteligente de financiar a economia real com estrutura, governança e performance”.
Diversificação e eficiência sustentam crescimento
O portfólio da casa também inclui 22 fundos multimercado, 2 FIPs voltados a empresas, startups e fintechs, além de fundos imobiliários, FIAGROs e renda fixa. O agronegócio, por exemplo, tem impulsionado o avanço dos FIAGROs, que já superam R$ 44 bilhões em patrimônio no mercado nacional. Essa diversificação reforça a estratégia da Ouro Preto de atuar em múltiplas frentes, conectando capital de investidores a setores estratégicos da economia.
“Estamos estruturados para escalar com segurança”, destaca Turaça. “A evolução do portfólio e o crescimento do volume sob gestão mostram que o investidor brasileiro está cada vez mais atento à sofisticação e à solidez dos fundos estruturados. Nosso compromisso é continuar entregando soluções que dialoguem com a realidade do crédito no país, com governança, liquidez e inteligência de mercado.”
Próximos passos: expansão e foco em economia real
Para os próximos dois anos, a meta da Ouro Preto é atingir entre R$ 25 bilhões e R$ 30 bilhões sob gestão, ampliando a oferta de produtos vinculados à economia real e reforçando o foco em eficiência operacional. A estratégia passa por fortalecer parcerias institucionais, expandir a base de investidores e aprofundar a presença em setores estratégicos, consolidando a empresa como uma das líderes nacionais em gestão de fundos estruturados.