O economista Leonardo Costa, do ASA, trouxe no programa BM&C News, uma análise detalhada sobre o comportamento dos núcleos de inflação no Brasil, destacando que as chances de o índice fechar abaixo do teto da meta de 4,5% em 2025 são reais. Segundo Costa, a combinação da valorização do real e a melhora no grupo de alimentação têm sido fatores cruciais na redução das pressões inflacionárias, desafiando previsões mais pessimistas feitas no início do ano.
Entre os fatores que podem levar a uma queda ainda maior na inflação, Leonardo destacou um elemento decisivo: o possível corte no preço da gasolina pela Petrobras. “Com o preço interno acima do internacional, a estatal poderia ajustar os valores nas próximas semanas, o que teria um impacto direto na inflação“, afirmou. Ele ressaltou que, se essa redução ocorrer, “muito provavelmente veremos o índice abaixo de 4,5%”. Essa expectativa é significativa, pois um corte nos preços dos combustíveis pode não apenas aliviar a carga sobre os consumidores, mas também influenciar as expectativas de inflação de forma mais ampla.
Quais os impactos do fiscal na inflação?
A política fiscal tem um papel importante na trajetória da inflação. O governo pode adotar medidas que aumentem ou diminuam a demanda agregada, e isso se reflete diretamente nos preços. Em um cenário onde a inflação se mantém controlada, as expectativas para a política monetária do Banco Central também são impactadas, permitindo uma possível manutenção ou até redução nas taxas de juros.
O alinhamento entre a política fiscal e a estabilidade monetária é essencial para garantir um ambiente econômico favorável. Em um contexto de crescimento econômico e controle da inflação, investidores podem se sentir mais seguros para alocar recursos em diferentes setores da economia.
Quais são as implicações para investidores?
Os investidores devem estar atentos às movimentações do mercado e às decisões da Petrobras, pois um ajuste no preço da gasolina pode desencadear uma série de reações no mercado financeiro. “Com a inflação abaixo de 4,5% e uma política monetária mais flexível, haverá um espaço maior para investimentos em ativos de risco”, observou Costa.
Além disso, um cenário de inflação controlada pode favorecer setores como o de consumo e serviços, que tendem a se beneficiar de um aumento no poder aquisitivo da população. Portanto, a diversificação e a análise cuidadosa das tendências econômicas se tornam fundamentais para estratégias de investimento bem-sucedidas.