Israel e Hamas anunciaram nesta quinta-feira (09), um acorde paz, mediado por Egito, Qatar e Turquia, e impulsionado por Donald Trump. O especialista em análise macro, Fábio Fares, acredita que ainda está longe de representar uma solução duradoura para o conflito. “O acordo é um marco, mas a verdadeira efetividade dependerá do cumprimento dos compromissos assumidos, especialmente pelo Hamas“, enfatizou.
Quando questionado sobre a possível indicação de Donald Trump ao Prêmio Nobel da Paz, Fares foi categórico: “Isso é uma balela“. Para o especialista, o que realmente importa não é o reconhecimento político, mas sim a concretização do acordo. “Bandido não tem palavra“, disse Fares, referindo-se ao Hamas como um “grupo terrorista que quer o mal da humanidade“. A permanência de reféns israelenses há dois anos em cativeiro reforça a crítica de Fares sobre a durabilidade do pacto.
Impacto Econômico do Acordo na Região
O acordo de paz pode ter implicações significativas para a economia local e regional. Em um cenário ideal, a paz poderia abrir portas para investimentos em infraestrutura e turismo, setores que foram severamente afetados pelo conflito. No entanto, Fares alerta que “não se negocia com terroristas“, o que levanta preocupações sobre a capacidade de implementação do acordo e a estabilidade econômica resultante.
Em meio a essa incerteza, os investidores devem adotar uma abordagem cautelosa. A volatilidade do mercado pode ser exacerbada por eventos políticos inesperados. Fares sugere que os investidores considerem diversificar seus portfólios e monitorar de perto as notícias relacionadas ao acordo de paz e suas repercussões.
O futuro do acordo e suas implicações econômicas dependem da disposição das partes envolvidas para cumprir o que foi prometido. Fares destaca que o verdadeiro prêmio seria ver famílias israelenses reunidas com seus entes libertos ou, no pior dos casos, sepultados com dignidade. Essa é a realidade que, segundo ele, deve ser o foco principal, e não meras condecorações.
Em suma, o acordo de paz entre Israel e Hamas representa uma oportunidade, mas também um campo minado de desafios. A eficácia do acordo, a confiança entre as partes e a resposta da comunidade internacional são fatores que determinarão o sucesso ou o fracasso desse esforço.