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Setores reagem à queda da MP 1.303 e apontam vitória do diálogo e da segurança jurídica

Maurílio GoeldnerPor Maurílio Goeldner
09/10/2025

A decisão dos deputados federais de deixar caducar a Medida Provisória (MP) nº 1.303/2025 encerrou uma das pautas mais sensíveis da agenda econômica recente. A medida, que alterava a tributação sobre aplicações financeiras e ativos virtuais, perdeu validade após não ser votada no prazo regimental, abrindo espaço para reações positivas de entidades do mercado e análises jurídicas sobre sua constitucionalidade.

A MP nº 1.303 foi editada pelo governo federal como uma forma de compensar a perda de arrecadação gerada pelo aumento da faixa de isenção do Imposto de Renda para R$ 5 mil mensais. O texto previa mudanças estruturais no sistema tributário, incluindo a unificação da alíquota de Imposto de Renda sobre investimentos em 17,5%, o aumento da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) de 9% para 15% em instituições financeiras não bancárias — como fintechs, seguradoras e casas de câmbio — e alterações nas regras de tributação de Juros sobre Capital Próprio (JCP), LCI, LCA e debêntures incentivadas.

O governo contava com a aprovação da medida para garantir receita adicional ao orçamento de 2026, mas a não votação no Congresso obriga o Executivo a buscar alternativas para equilibrar as contas públicas, seja com corte de despesas ou novas fontes de arrecadação.

Reação do setor de criptoativos

A Associação Brasileira de Criptoeconomia (ABCripto) celebrou a decisão do Congresso como uma vitória institucional e uma demonstração de maturidade regulatória. A entidade, que vinha alertando sobre os riscos da medida desde sua edição, destacou que o resultado preserva a segurança jurídica e o ambiente de inovação do setor. “A não aprovação da MP 1.303 é uma vitória do bom senso e do diálogo. Mostra que o Brasil tem maturidade para discutir políticas públicas de forma transparente, ouvindo os setores impactados e buscando soluções equilibradas”, afirmou Bernardo Srur, CEO da ABCripto.

A associação argumenta que a proposta criaria insegurança jurídica ao revogar isenções de ganhos de capital de até R$ 35 mil e impor retenção de 18% de Imposto de Renda em operações como staking, o que poderia penalizar pequenos investidores e incentivar a migração para plataformas estrangeiras fora da regulação nacional. “O resultado de hoje garante previsibilidade ao mercado e consolida o Brasil como referência global em regulação responsável”, acrescentou Srur.

Já a ABToken, Associação Brasileira de Empresas Tokenizadoras e Blockchain comemorou a queda da MP 1303 e agradeceu a mobilização e trabalho que o Instituto Livre Mercado fez no sentido de sensibilizar os parlamentares para os possíveis impactos negativos da MP 1303 no setor cripto e sobretudo na economia e em pequenos investidores. “Incentivar investimentos através de isenções é uma das políticas mais sérias que um governo pode adotar.“

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Créditos: depositphotos.com / AndrewLozovyi

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Questionamentos jurídicos

Para o jurista Caio César Morato, a MP apresentava vícios formais e materiais que inevitavelmente seriam alvo de questionamentos no Supremo Tribunal Federal (STF). Ele lembra que, de acordo com o artigo 62 da Constituição Federal, medidas provisórias devem ser reservadas a casos de relevância e urgência, o que não se aplicaria a uma proposta com alterações estruturais no sistema tributário.

“O STF já consolidou entendimento de que mudanças dessa natureza não podem ser tratadas por medida provisória. A complexidade e o alcance das alterações exigiriam um debate legislativo mais profundo e participativo, próprio de um projeto de lei”, explicou Morato.

Outro ponto de possível inconstitucionalidade, segundo o jurista, seria a tentativa de aplicar a nova alíquota de forma retroativa, atingindo investimentos já realizados sob a tabela regressiva de Imposto de Renda. “O Supremo já decidiu na ADI 2591 que é inconstitucional a aplicação retroativa de regras tributárias sobre rendimentos financeiros”, destacou.

Morato também ressalta que a MP feria os princípios da isonomia e da não discriminação ao estabelecer alíquotas diferenciadas de até 25% para determinados investimentos estrangeiros, o que poderia gerar insegurança jurídica e afastar capitais internacionais.

Indústria comemora decisão e critica elevação de impostos

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) também considerou acertada a decisão da Câmara dos Deputados de deixar caducar a Medida Provisória 1.303/2025, que apresentava alternativas para o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Com a perda da validade, o aumento de alíquotas deixa de vigorar e não haverá elevações tributárias previstas na MP. Para a entidade, a decisão é correta, uma vez que esse aumento de carga tributária elevaria os preços dos produtos e serviços para toda a sociedade.

“A Câmara dos Deputados evitou mais um aumento de carga tributária, deixando o setor produtivo menos sobrecarregado para contribuir para o crescimento do país. Entendemos que os parlamentares agiram com responsabilidade, pois as compensações ao IOF afetariam toda a sociedade e atingiriam diretamente o consumidor brasileiro”, afirmou o presidente da CNI, Ricardo Alban.

Alban destacou que a atividade produtiva é constantemente sufocada por incrementos na carga tributária e na taxa de juros. Segundo ele, “recentemente, todo e qualquer ajuste fiscal tem se apoiado em aumento de carga, independentemente de a receita já estar subindo pelo crescimento da economia”.

“Este seria mais um duro golpe no setor produtivo, enquanto as bets, por outro lado, seriam poupadas”, completou o presidente da CNI.

Críticas liberais à política tributária

O Instituto Livre Mercado também reagiu à caducidade da MP, avaliando o episódio como um sinal de resistência da sociedade ao aumento de impostos. Para Rodrigo Marinho, diretor executivo da entidade, “o Brasil vem sofrendo há tempos com um governo que não entende que o aumento de imposto afeta a todos, ferindo a produtividade e a eficiência de todos os setores da economia. Esse recado é claro: o povo brasileiro não aceita mais financiar a farra de governos que não têm compromisso com o desenvolvimento econômico e com a população.”

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Foto: Kayo Magalhães / Câmara dos Deputados

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