O setor de shopping centers no Brasil atravessa um novo ciclo de reestruturação e expansão regional, impulsionado por mudanças na gestão e pela busca de eficiência operacional. Depois de um período de ajustes pós-pandemia, o mercado volta a atrair administradoras e investidores interessados em ampliar a presença fora do eixo Sul-Sudeste, com foco em cidades de médio e grande porte em crescimento.
Um exemplo desse movimento é o Shopping Cerrado, em Goiânia (GO), que passa por mudanças em sua administração e planos de expansão. O centro de compras foi incorporado integralmente por um grupo empresarial goiano e agora conta com uma nova gestora com atuação nacional, marcando o avanço da profissionalização e da diversificação na gestão de ativos do setor. “Estamos muito felizes em anunciar esta nova fase do Shopping Cerrado, agora com a parceria estratégica entre Grupo Odilon Santos e da Lumine. Essa união representa um passo importante para o fortalecimento da nossa operação, trazendo mais experiência, inovação e solidez para o nosso crescimento”, declara Ronaldo Veiga Junior, superintendente do centro de compras.
Segundo executivos do setor, essa movimentação reflete a tendência de descentralização geográfica dos investimentos em varejo físico. “O Shopping Cerrado já está consolidado como um polo de compras, lazer e serviços em Goiânia. Nosso objetivo é expandir ainda mais as possibilidades de negócios locais e fortalecer a atuação regional do empreendimento”, afirma Cláudio Sallum, sócio da Lumine.
Dados da Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce) indicam que o país conta com mais de 640 empreendimentos em operação, e cerca de 20 novos projetos estão em desenvolvimento. A retomada do consumo e o avanço de cidades médias têm incentivado grupos regionais a expandir presença e modernizar estruturas já consolidadas.
Inaugurado em 2014 e localizado em uma das áreas de maior desenvolvimento de Goiânia, o Shopping Cerrado possui 28 mil m² e cerca de 110 lojas. A nova fase do empreendimento reflete um cenário mais amplo do mercado, em que gestoras especializadas e investidores regionais buscam reposicionar seus ativos diante da mudança no perfil de consumo e da digitalização do varejo.
Com a entrada de novas administradoras e a consolidação de grupos locais, o setor de shopping centers vive um momento de transição. A combinação de tecnologia, integração com o comércio eletrônico e foco em experiência tem sido o eixo central dessa transformação, que pretende fortalecer o papel dos shoppings como espaços de convivência, serviços e lazer — e não apenas de consumo.
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