As leis trabalhistas variam bastante ao redor do mundo. Enquanto alguns países priorizam a flexibilidade, outros reforçam a proteção ao trabalhador. Mas como o Brasil se posiciona nesse cenário? A seguir, veja um comparativo simples que mostra diferenças e semelhanças com outros modelos.
- No Brasil, a jornada padrão é de 44 horas semanais.
- Em países europeus, a jornada média cai para 35 a 40 horas.
- As férias brasileiras são de 30 dias corridos, enquanto a média na Europa é de 25 a 30 dias úteis.
O que a CLT estabelece como padrão?
A Consolidação das Leis do Trabalho publicada no Portal do Planalto determina que a jornada máxima semanal é de 44 horas, com possibilidade de até 2 horas extras por dia. Além disso, garante 30 dias corridos de férias por ano, acrescidos de um terço constitucional.

Comparação internacional: onde o Brasil se aproxima e se distancia
Na França, a jornada legal é de 35 horas semanais, enquanto na Alemanha e na Espanha gira em torno de 40 horas. Em relação às férias, a União Europeia exige um mínimo de 20 dias úteis por ano, mas muitos países oferecem entre 25 e 30 dias. Ou seja, o Brasil se aproxima no quesito férias, mas mantém uma jornada semanal mais extensa.
Negociação coletiva em diferentes países
No Brasil, a possibilidade de o acordo coletivo prevalecer sobre a lei em determinados temas foi reforçada pela Lei n.º 13.467/2017, publicada no Portal do Planalto. Já em países como a Alemanha e a França, os sindicatos têm papel ainda mais central, com forte poder de negociação em temas como salários, jornadas e condições de trabalho.
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O que empresas e trabalhadores precisam observar?
Ao comparar modelos, é importante considerar que cada país tem uma realidade econômica e cultural própria. Para empresas multinacionais, adaptar políticas globais à legislação brasileira é essencial para evitar passivos trabalhistas. Já para os trabalhadores, conhecer as diferenças ajuda a contextualizar direitos e expectativas em relação ao mercado.
Resumo do comparativo
- O Brasil garante férias mais longas que a maioria dos países.
- A jornada semanal brasileira é mais extensa que a média europeia.
- A negociação coletiva vem ganhando mais força, mas ainda é mais restrita que em alguns países europeus.