Os veículos híbridos plug-in (PHEV) representam uma fusão de tecnologias que busca oferecer o melhor de dois mundos na indústria automotiva. Estes automóveis combinam um motor a combustão, similar aos carros convencionais, com um ou mais motores elétricos e uma bateria de tamanho moderado. Esta bateria, embora mais compacta que a de um veículo puramente elétrico, é recarregável por uma fonte externa. Essa combinação permite que os PHEVs contem com uma autonomia que não depende unicamente de um tipo de energia, garantindo deslocamentos de menor custo e impacto ambiental reduzido ao rodarem em modo elétrico.
No entanto, a presença de um motor a combustão, ainda que menos utilizado em trechos urbanos, pode acarretar certos desafios de manutenção. Com rotinas que priorizam curtas distâncias, a gasolina, combustível tradicionalmente utilizado nesses motores, pode envelhecer durante longos períodos de inatividade. A gasolina possui um tempo de validade que, em condições ideais, pode chegar a seis meses. Contudo, nos tanques dos carros, estas condições não são replicadas, resultando em um deterioro mais rápido.
Quais são os riscos associados ao combustível envelhecido em PHEVs?
Um dos principais problemas enfrentados por motores que utilizam gasolina envelhecida está relacionado à formação de resíduos, popularmente chamados de ‘gomas’. Estas substâncias podem obstruir injetores e outros componentes críticos do sistema de combustão, levando a falhas no desempenho do motor, aumento no consumo de combustível e, em casos extremos, paradas totais do motor. Além disso, a presença prolongada de gasolina já degradada pode causar corrosão em componentes metálicos, agravando o custo e a complexidade de manutenção.
Para mitigar esses problemas, recomenda-se operar ocasionalmente o motor a combustão, mesmo em deslocamentos predominantemente elétricos. Usar o carro em velocidades acima de 60 km/h ou fazer viagens mais longas ajuda na rotatividade do combustível. Ainda, optar por gasolina aditivada pode oferecer proteção adicional, uma vez que os aditivos presentes colaboram com a limpeza contínua do motor e minimizam os efeitos nocivos da oxidação.
Como os fabricantes estão enfrentando o envelhecimento de combustível em PHEVs?

De olho nos desafios enfrentados pelos PHEVs, algumas montadoras têm integrado sistemas de alerta em seus veículos, que avisam os motoristas sobre a necessidade de utilizar ou substituir o combustível envelhecido. Modelos como os da Volvo já contam com alarmes que ativam o motor a combustão quando necessário. Outras marcas, como Renault, seguem tendências similares em mercados exteriores. Apesar dessas inovações, líderes do segmento no Brasil ainda não implementaram tais funcionalidades, o que destaca a importância da conscientização do usuário em manter a saúde do motor em dia.
Quais cuidados extras os motoristas de PHEV devem tomar?
Além de movimentar o carro regularmente e otimizar o uso dos motores, é crucial priorizar abastecimentos em postos confiáveis, uma vez que o cenário brasileiro de combustíveis adulterados acentua possíveis danos ao motor. Essas práticas garantem que as funcionalidades do veículo sejam mantidas ao longo do tempo, promovendo segurança e eficiência. Em última instância, os usuários de PHEV podem contar com futuras inovações tecnológicas que visem automatizar ainda mais esses cuidados, tornando o cotidiano com estes veículos cada vez mais prático e sustentável.