O risco-país da Argentina subiu 7,3% nesta quarta-feira e alcançou a marca de 900 pontos, maior patamar desde abril deste ano. O movimento ocorre em um ambiente de forte instabilidade econômica e política, refletindo a perda de confiança dos investidores no curto prazo. Além disso, a disparada acontece em um momento de intensa volatilidade cambial, pressionada pelo avanço do dólar.
A alta do índice se dá apenas um dia após o Tesouro argentino começar a intervir no mercado de câmbio, tentando conter a escalada da moeda norte-americana. A estratégia, no entanto, não conseguiu acalmar os mercados, que seguem atentos às incertezas políticas e ao enfraquecimento da credibilidade do governo.
O que está pressionando o câmbio argentino?
As oscilações mais recentes no câmbio estão diretamente ligadas ao calendário político. Nesse sentido, as eleições de Buenos Aires, que ocorrem neste fim de semana, e as legislativas de outubro aumentam a percepção de risco entre investidores, gerando maior aversão a ativos argentinos.
Enquanto isso, a piora do cenário também coincide com o impacto de um escândalo de corrupção envolvendo a irmã do presidente Javier Milei. O episódio tem fragilizado a imagem do governo e aumentado as dúvidas sobre sua capacidade de conduzir a agenda econômica prometida durante a campanha.
Quais são os principais fatores de instabilidade?
A conjunção de elementos políticos e econômicos intensifica a desconfiança do mercado. Entre eles, destacam-se:
- Risco-país: disparada de 7,3%, chegando a 900 pontos
- Intervenção do Tesouro: tentativa de conter a valorização do dólar
- Eleições: disputas em Buenos Aires neste fim de semana e legislativas em outubro
- Escândalo político: envolvimento da irmã de Javier Milei em caso de corrupção
Por outro lado, analistas destacam que a reação do mercado também reflete um ambiente de incerteza global, mas o peso dos fatores domésticos é determinante para o agravamento da crise argentina.