O mercado acionário brasileiro encerrou esta segunda-feira (01/09) em leve retração, após um mês de agosto marcado por recordes históricos. O Ibovespa caiu 0,10%, fechando o pregão aos 141.283 pontos, em uma sessão marcada pelo baixo volume financeiro devido ao feriado do Dia do Trabalho nos Estados Unidos. Ao longo do dia, o índice variou entre 140.878 e 141.949 pontos, demonstrando certa instabilidade.
Além disso, a liquidez foi bastante reduzida: apenas R$ 11,98 bilhões foram movimentados, praticamente a metade da média diária de R$ 24 bilhões registrada ao longo de 2025. Esse comportamento reforça a expectativa de que investidores estão em compasso de espera, aguardando novos dados econômicos e políticos que podem impactar os próximos movimentos da bolsa.
Quais fatores explicam a cautela do mercado hoje?
O clima de espera é alimentado por duas frentes principais. De um lado, o cenário econômico aponta para revisões de inflação mais baixas e expectativa de cortes adicionais na taxa Selic. Por outro, a divulgação de dados fracos da indústria brasileira trouxe incertezas sobre o real impacto desses cortes no desempenho corporativo. Essa combinação gera uma postura mais defensiva por parte dos investidores.
Eventos políticos e econômicos no radar dos investidores
Nesse sentido, a semana promete maior movimentação. Amanhã, serão divulgados o IPCA e o PIB do segundo trimestre, números que podem influenciar diretamente as apostas sobre juros futuros. Enquanto isso, o mercado também acompanha o julgamento no Supremo Tribunal Federal envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro, acusado de tentativa de golpe após as eleições de 2022.
- 02/09: divulgação do IPCA e do PIB do 2º trimestre
- 02/09: fase final do julgamento de Jair Bolsonaro no STF
Destaques positivos e negativos entre as ações
Entre as ações, alguns papéis se destacaram. A Raízen avançou quase 6% após anunciar a venda de usinas, enquanto a Cosan registrou alta superior a 3%. Já a C&A ganhou força com sua estreia na carteira do Ibovespa, subindo quase 3%. Por outro lado, companhias como Auren Energia e Braskem recuaram mais de 2%, refletindo movimentos de correção após recentes valorizações.
O que esperar para os próximos pregões?
Por ora, o mercado se mantém lateralizado, aguardando gatilhos mais claros para uma nova tendência. Além dos indicadores de inflação e crescimento, o desempenho das commodities, especialmente petróleo e minério de ferro, deve seguir no radar. Por outro lado, o cenário político interno pode acrescentar volatilidade extra nos próximos dias, exigindo cautela e acompanhamento atento por parte dos investidores.
















