No cenário atual dos mercados emergentes, um dólar mais fraco cria oportunidades relevantes para investidores, especialmente em Equities. Para Adriano Delfino, da Fami Capital, as ações nesses mercados estão em níveis históricos atraentes. “Quando o dólar perde força, as empresas exportadoras ganham competitividade e isso tende a se refletir positivamente nas bolsas locais”, afirma.
Ele explica que companhias com forte presença no mercado internacional se beneficiam diretamente, pois seus produtos ficam mais baratos para compradores externos. “Esse movimento atrai mais capital para os mercados emergentes e pode gerar um ciclo de valorização nas ações”, acrescenta.
Como o carry alto da renda fixa influencia as Equities?
Mesmo com juros elevados, Adriano aponta que a renda fixa segue como uma opção relevante no portfólio. “O carry alto ainda entrega retornos interessantes, e o ideal é que o investidor não escolha apenas entre renda fixa ou Equities, mas sim combine os dois para maximizar resultados”, diz.
Segundo ele, a diversificação entre renda variável e renda fixa é essencial para equilibrar risco e retorno, aproveitando tanto o potencial de valorização das ações quanto a estabilidade proporcionada por títulos de renda fixa.
Qual é o impacto do dólar nas commodities e nas Equities?
Adriano destaca que o câmbio também desempenha papel estratégico. “Um dólar mais fraco tende a elevar os preços das commodities, o que é excelente para países emergentes exportadores de matérias-primas”, afirma. Esse cenário favorece empresas listadas nas bolsas desses países, impactando diretamente suas Equities.
Além disso, ele lembra que a valorização das commodities pode estimular o fluxo de capital estrangeiro. “Investidores internacionais tendem a buscar mercados emergentes quando percebem esse ambiente favorável, e isso aumenta a liquidez e o volume de negócios nas bolsas locais”, ressalta.
Como identificar oportunidades em Equities nos emergentes?
Para aproveitar o momento, Adriano recomenda atenção redobrada na análise setorial. “Empresas exportadoras e setores ligados a commodities tendem a ser os primeiros a se beneficiar de um dólar enfraquecido”, observa.
Ele sugere que investidores adotem alguns critérios ao selecionar Equities:
- Mapear empresas exportadoras com histórico sólido de resultados.
- Analisar setores beneficiados pela alta das commodities.
- Acompanhar políticas fiscais e monetárias que impactem o mercado.
- Combinar ações com renda fixa para equilibrar volatilidade.
Por que diversificar entre Equities e outros ativos?
Para Adriano, mesmo diante de um cenário positivo para Equities, a diversificação é indispensável. “Uma carteira saudável combina diferentes classes de ativos, o que protege o investidor contra oscilações inesperadas”, afirma.
Ele acrescenta que acompanhar as mudanças macroeconômicas e ajustar a estratégia periodicamente é crucial para manter bons resultados. “O mercado é dinâmico, e o investidor precisa estar preparado para recalibrar a carteira quando necessário”, conclui.
Conclusão sobre investir em Equities nos emergentes
O especialista avalia que a combinação de dólar fraco, carry alto da renda fixa e valorização das commodities cria um terreno fértil para investir em Equities nos mercados emergentes. “Com análise criteriosa e diversificação, é possível capturar o melhor dos dois mundos: crescimento no mercado de ações e segurança na renda fixa”, resume Adriano Delfino.
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