Nesta quinta-feira (31), a Microsoft (MSFT) entrou para a história ao atingir pela primeira vez a marca de US$ 4 trilhões em valor de mercado, consolidando-se como a empresa mais valiosa do planeta. O feito ocorre na esteira da divulgação dos resultados do quarto trimestre fiscal da companhia, que vieram acima das expectativas e reforçaram o protagonismo da empresa no setor de tecnologia, especialmente na área de computação em nuvem.
Os papéis da gigante subiram fortemente após o fechamento do pregão de quarta-feira (30), impulsionados pelo crescimento expressivo da receita e dos lucros. O desempenho do segmento Azure foi o principal motor do otimismo.
O que impulsionou o salto nas ações?
A Microsoft reportou receita total de US$ 76,44 bilhões no trimestre encerrado em 30 de junho de 2025, alta de 18% em relação ao mesmo período do ano anterior e acima da estimativa de US$ 73,81 bilhões dos analistas. O lucro líquido cresceu 23,6%, alcançando US$ 27,23 bilhões. O lucro por ação ajustado (EPS) ficou em US$ 3,65, também acima dos US$ 3,37 esperados.
O destaque ficou com o segmento de nuvem. A unidade que inclui o Azure gerou US$ 29,88 bilhões em receita, uma alta de 26% sobre o ano anterior. O Azure, sozinho, cresceu 39% no período. Pela primeira vez, a Microsoft divulgou dados separados do Azure, que somaram mais de US$ 75 bilhões em receita anual, um crescimento de 34%.
Outros segmentos também surpreenderam positivamente: a área de Produtividade e Processos de Negócios (Office e LinkedIn) teve receita de US$ 33,11 bilhões, alta de 16%, enquanto a divisão de More Personal Computing (Windows, Xbox, dispositivos e publicidade) cresceu 9%, com receita de US$ 13,45 bilhões.
Quais são os fundamentos por trás dos US$ 4 trilhões?
Segundo análise da Avenue, a Microsoft exibe fundamentos sólidos e perspectivas de crescimento sustentado. Com um preço/lucro estimado de 35,48x para os próximos 12 meses e um dividend yield de 0,65%, a ação da companhia acumula alta de aproximadamente 22% no ano.
O avanço é impulsionado pelo domínio da empresa em soluções corporativas, serviços de nuvem, inteligência artificial e produtividade. A revelação inédita dos números do Azure é vista por analistas como um movimento de maior transparência e confiança na liderança do segmento.
“Mais uma vez, os números fortes da Microsoft mostram o quanto a estratégia de diversificação em software, cloud e IA está funcionando”, resume a análise da Avenue.
Microsoft assume protagonismo global no setor de tecnologia
Com o marco dos US$ 4 trilhões, a Microsoft supera Apple e Nvidia em valor de mercado, fortalecendo-se como referência em inovação e escala. O desempenho superior aos pares mostra que a demanda por soluções corporativas em cloud, IA e produtividade segue acelerada, mesmo em um ambiente global de juros elevados.
O CEO Satya Nadella já havia sinalizado que a prioridade estratégica da companhia seria a integração de inteligência artificial em todos os produtos. Os números do trimestre confirmam que essa diretriz tem gerado resultados concretos.
O próximo desafio será sustentar esse ritmo de crescimento em meio à concorrência acirrada no setor de tecnologia e à expectativa de novos produtos e serviços baseados em IA generativa.