O filme “A Morte de um Unicórnio” apresenta uma abordagem única do famoso mito do unicórnio, mesclando elementos de terror, comédia e crítica social. Lançado em 2025, sob a direção de Alex Scharfman, o longa-metragem traz Jenna Ortega e Paul Rudd como protagonistas em uma narrativa que desafia a percepção tradicional sobre unicórnios. Este filme não apenas reinterpreta o símbolo universal de pureza e magia, mas também introduz uma trama onde a ganância humana catalisa eventos catastróficos.
A história começa quando Ridley, interpretada por Ortega, junta-se ao seu pai Elliot, vivido por Rudd, em uma visita à mansão de seu chefe bilionário, Odell Leopold. O incidente que desencadeia a trama ocorre quando Elliot acidentalmente atropela um animal que se revela ser um unicórnio. Surpreendentemente, o toque em seu chifre manifesta poderes curativos, eliminando acne e alergias dos personagens principais. Essa revelação conduz a um conflito central: a exploração das propriedades mágicas do unicórnio e as consequências mortais disso.
Por que os unicórnios são diferentes em “A Morte de um Unicórnio”?
No filme, diferentemente das lendas que retratam unicórnios como criaturas pacíficas, eles se transformam em predadores vingativos quando ameaçados. A morte de um de seus membros por mãos humanas desencadeia uma busca sanguinária por retribuição. Esta representação singular do unicórnio subverte a imagem típica de um ser calma e gentil, levantando questões sobre os limites da natureza quando confrontada com a opressão e a exploração.
Qual é o papel da crítica social em “A Morte de um Unicórnio”?
Além de seu enredo fantástico, “A Morte de um Unicórnio” incorpora uma crítica à decadência e à avareza das elites, um tema recorrente no cinema contemporâneo. A família Leopold representa a classe bilionária, com suas prioridades focadas exclusivamente em riqueza e poder. A forma como utilizam o unicórnio para tratar doenças e lucrar reflete a indiferença em relação à ética e às consequências de seus atos. Este subtexto dá ao filme uma camada a mais, elevando-o de um simples filme de terror para uma sátira social crítica.
Jenna Ortega: o novo rostro do terror adolescente
No papel de Ridley, Jenna Ortega mais uma vez demonstra sua habilidade em capturar a complexidade de personagens jovens em cenários desafiadores. Embora Ridley seja descrita como uma adolescente rebelde, marcada por seu visual alternativo e comportamento incisivo, ela carrega uma vulnerabilidade que atrai o público para sua jornada. Essa dualidade faz de Ridley uma figura empática, contrastando com as caricaturas exuberantes dos antagonistas ricos, representados de maneira cômica e exagerada.
O lado excêntrico e grotesco de “A Morte de um Unicórnio”
“A Morte de um Unicórnio” não se limita ao terror ou à sátira social; ele também se entrega ao absurdo, com cenas de morte criativas e imprevisíveis. Isso, combinado com performances sólidas de um elenco talentoso, incluindo Will Poulter, contribui para um filme que se demonstra tanto impactante quanto peculiar. A química entre Ortega e Rudd adiciona um tom de autenticidade e calor à história, sendo fundamental para balancear o horror com momentos de sincera interação familiar.
Com sua narrativa intricada e a capacidade de fazer uso inteligente de elementos fantásticos e sociais, “A Morte de um Unicórnio” estabelece-se como um filme multifacetado. Realiza uma exploração ousada sobre os limites entre realidade e fantasia, ao mesmo tempo que questiona a moralidade nas ações humanas ao lidar com o desconhecido e o poderoso.