O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil decidiu, nesta quarta-feira (30), manter a taxa Selic em 15% ao ano, nível mais alto desde julho de 2006. A decisão foi unânime, com todos os membros do Copom votando pela manutenção da taxa, após sete aumentos consecutivos desde setembro de 2024. A elevação acumulada nas últimas reuniões resultou em um aumento total de 4,5 pontos percentuais.
Em seu comunicado final, o Copom reiterou que a política monetária continuará “contracionista por um período suficientemente prolongado”, com o objetivo de assegurar a convergência da inflação para a meta de 3% estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Embora o Comitê tenha notado uma leve desaceleração nos núcleos de inflação, ele enfatizou que as expectativas permanecem acima do limite superior da meta, o que justifica a necessidade de cautela nas próximas decisões.
O Copom também alertou sobre os riscos fiscais, mencionando que o “ambiente externo mantém-se adverso e particularmente incerto”, especialmente devido às políticas econômicas e comerciais dos Estados Unidos. Além disso, o Comitê destacou que “a política fiscal continua sendo um fator relevante para a condução da política monetária”, sugerindo que a trajetória fiscal do Brasil será um elemento-chave para o futuro da política monetária.
O mercado financeiro, por sua vez, continua esperando que a Selic permaneça em 15% ao ano até o final de 2025, com possíveis cortes começando em 2026. Contudo, a divergência entre os analistas está no momento exato em que os juros começarão a cair, com previsões variando entre dezembro de 2025 e o início de 2026.
Após chegar a 10,5% ao ano de junho a agosto do ano passado, a taxa começou a ser elevada em setembro do ano passado, com uma alta de 0,25 ponto, uma de 0,5 ponto, três de 1 ponto percentual, uma de 0,5 ponto e uma de 0,25 ponto. A próxima reunião do Copom está agendada para 17 de setembro, quando o Comitê avaliará os impactos das decisões anteriores e as condições econômicas atuais.
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