Mudanças climáticas têm alterado o equilíbrio do clima brasileiro, provocando ondas mais constantes de calor intenso e frio fora de época. No cenário de 2025, especialistas observam que esses eventos extremos não são mais considerados raros e afetam diferentes regiões do país de formas distintas.
- Saiba como o aumento dos extremos de temperatura já impacta a rotina e a saúde das populações urbanas.
- Entenda por que fatores como El Niño, desmatamento e urbanização intensificam o aquecimento e as variações bruscas.
- Conheça estratégias de adaptação que vêm sendo adotadas em cidades e áreas rurais do Brasil.
O que explicam os meteorologistas sobre os extremos de calor e frio?
Cientistas e meteorologistas apontam que, em 2025, a ação humana potencializa padrões atmosféricos atípicos. O aumento da emissão de gases do efeito estufa — proveniente de queima de combustíveis fósseis e desmatamento — faz com que as massas de ar fiquem mais desorganizadas, trazendo recordes de temperatura máxima e mínima em diferentes regiões.
O fenômeno El Niño, por exemplo, ganhou força nos últimos anos e está diretamente associado aos veranicos prolongados no Sul e chuvas intensas no Norte. Já a friagem repentina, comum na região amazônica, passou a ocorrer em períodos incomuns, mudando padrões históricos conhecidos até então.
A relação entre desmatamento, urbanização e mudanças climáticas
O desmatamento acelerado em biomas como a Amazônia e o Cerrado tem impacto direto nas mudanças de temperatura observadas. Quando áreas verdes são suprimidas, o solo perde a capacidade de regular a umidade e a temperatura local, resultando em ambientes mais quentes e propensos a eventos extremos.
Nas grandes cidades, processos de urbanização produzem o chamado “efeito ilha de calor”. O asfalto, a falta de vegetação e o acúmulo de poluentes tornam as metrópoles mais quentes, especialmente durante ondas de calor. Já a chegada de frentes frias pode causar quedas bruscas de temperatura, devido à menor proteção proporcionada pelo ambiente natural.
- Dica rápida: Plantar árvores em áreas urbanas ajuda a suavizar extremos térmicos e melhora a qualidade do ar.

Por que 2025 apresenta tantos eventos climáticos extremos?
Dados do INMET e de centros de pesquisa apontam que os anos recentes registraram dezenas de episódios de calor recorde e frios históricos em cidades de diferentes regiões brasileiras. Essa frequência tem relação direta com o aquecimento global, agravado pela emissão crescente de gases poluentes e por práticas agrícolas não sustentáveis.
O IPCC estima que, mesmo se todas as medidas propostas nos tratados climáticos forem implementadas imediatamente, períodos de extremos continuarão ocorrendo. Outro fator decisivo é a interação dos padrões globais de circulação de ventos e de umidade, que provocam anomalias nos ciclos normais de chuva, seca e frio.
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Impactos sociais e estratégias de adaptação no Brasil
A frequência dos eventos climáticos extremos afeta a saúde, a economia e a rotina das pessoas. Hospitais registram aumento de internações por doenças respiratórias durante ondas de frio súbito, enquanto a exposição prolongada ao calor leva a mais casos de desidratação e agrava doenças crônicas.
Algumas cidades já investem em políticas públicas voltadas ao enfrentamento dessas ocorrências. Exemplos são alertas de SMS sobre riscos, instalação de abrigos climatizados e campanhas de vacinação em períodos críticos. Na agricultura, produtores ajustam ciclos de plantio e implementam sistemas de irrigação mais eficientes para lidar com os extremos.
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Resiliência diante das mudanças climáticas no Brasil
- Extremos de temperatura já são parte do cotidiano em vários estados, exigindo preparação constante da população.
- A aceleração do aquecimento global e o ritmo do desmatamento ressaltam a urgência por ações concretas em todas as esferas.
- Investimentos em políticas ambientais, urbanização sustentável e adaptação agrícola se destacam como caminhos para reduzir impactos futuros.