O Benefício de Prestação Continuada, conhecido como BPC, representa uma importante política de assistência social no Brasil. Destinado a idosos a partir de 65 anos e pessoas com deficiência, o benefício busca garantir uma renda mínima para aqueles que se encontram em situação de vulnerabilidade. Em 2025, o valor do BPC segue vinculado ao salário mínimo nacional, o que assegura a atualização anual do benefício conforme as diretrizes do Governo Federal.
Para ter acesso ao BPC, é necessário que a renda familiar por pessoa não ultrapasse um quarto do salário mínimo vigente, atualmente fixado em R$ 1.518,00. Esse critério visa priorizar famílias com maior necessidade, tornando o programa um instrumento de inclusão social. O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) é o órgão responsável pela análise e concessão do benefício, utilizando plataformas digitais para facilitar o processo de solicitação.
Como solicitar o BPC em 2025?
O processo de solicitação do Benefício de Prestação Continuada pode ser realizado de forma totalmente digital, por meio do site ou aplicativo Meu INSS. O acesso à plataforma exige cadastro prévio no portal GOV.BR, utilizando CPF e senha. Após o login, o interessado deve selecionar a opção correspondente ao seu perfil: “Benefício de Assistência à Pessoa Idosa” ou “Benefício de Assistência à Pessoa com Deficiência”.
O preenchimento correto do formulário é fundamental para o andamento do pedido. Depois de enviar as informações, o INSS realiza uma análise detalhada, que pode incluir etapas como perícia médica para pessoas com deficiência, avaliação social e análise administrativa. O prazo médio para resposta é de 45 dias, mas pode variar conforme a demanda de solicitações.
Quais são os critérios para receber o Benefício de Prestação Continuada?
Para ser contemplado pelo BPC, é preciso atender a alguns requisitos estabelecidos pela legislação. Entre os principais critérios, destacam-se:
- Idade mínima de 65 anos para idosos;
- Comprovação de deficiência para pessoas de qualquer idade com impedimentos de longo prazo;
- Renda familiar per capita igual ou inferior a 1/4 do salário mínimo;
- Cadastro atualizado no Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico);
- Residência fixa no Brasil.
O benefício não exige contribuição prévia ao INSS, já que possui caráter assistencial e não previdenciário. Além disso, o BPC não é acumulável com outros benefícios da seguridade social, exceto assistência médica e pensão alimentícia.

Como funciona o calendário de pagamentos do BPC?
O pagamento do BPC segue um calendário semelhante ao dos demais benefícios do INSS. Em junho de 2025, os depósitos serão realizados conforme o penúltimo dígito do número do benefício (NB). Essa organização visa evitar filas e garantir maior comodidade aos beneficiários. O calendário oficial é divulgado pelo INSS e pode ser consultado tanto no site quanto no aplicativo Meu INSS.
- Beneficiários com penúltimo dígito 1: 24/6
- Penúltimo dígito 2: 25/6
- Penúltimo dígito 3: 26/6
- Penúltimo dígito 4: 27/6
- Penúltimo dígito 5: 30/6
- Penúltimo dígito 6: 1/7
- Penúltimo dígito 7: 2/7
- Penúltimo dígito 8: 3/7
- Penúltimo dígito 9: 4/7
- Penúltimo dígito 0: 7/7
Os valores podem ser consultados na opção “Extrato de Pagamento” do Meu INSS ou pela Central 135, que oferece atendimento automatizado 24 horas e atendimento humano de segunda a sábado, das 7h às 22h.
O BPC pode ser acumulado com outros benefícios?
De acordo com as regras vigentes, o Benefício de Prestação Continuada não pode ser acumulado com aposentadorias, pensões ou outros auxílios previdenciários. Entretanto, se houver mais de uma pessoa na família que atenda aos critérios, é possível que cada uma receba seu próprio benefício, desde que todos os requisitos sejam cumpridos. O valor recebido é sempre equivalente ao piso nacional, ajustado anualmente.
O BPC permanece como um importante mecanismo de proteção social, contribuindo para a dignidade e o bem-estar de idosos e pessoas com deficiência em todo o país. O acesso facilitado por meios digitais e a atualização anual do valor garantem que o benefício continue relevante diante das mudanças econômicas e sociais.