O Cadastro Único para Programas Sociais, conhecido como CadÚnico, desempenha um papel fundamental na identificação e inclusão de famílias em situação de vulnerabilidade no Brasil. Em 2025, dados recentes mostram que a maioria dos empregos formais criados no país foi ocupada por pessoas cadastradas nesse sistema, evidenciando sua importância não apenas para a assistência social, mas também para a dinâmica do mercado de trabalho.
O governo federal destaca que, entre janeiro e junho de 2025, mais de 98% das vagas com carteira assinada foram preenchidas por indivíduos registrados no CadÚnico. Desses, uma parcela significativa era beneficiária do Bolsa Família, principal programa de transferência de renda do país. Esses números reforçam a relevância do cadastro como ferramenta de inclusão e combate à pobreza.
Como o CadÚnico influencia o acesso ao emprego formal?
O CadÚnico serve como porta de entrada para diversos programas sociais, mas também tem se mostrado essencial para a integração de pessoas em situação de vulnerabilidade ao mercado de trabalho formal. O sistema permite que órgãos públicos e empresas identifiquem trabalhadores em busca de oportunidades, facilitando a contratação e promovendo a mobilidade social.
Além disso, a presença no CadÚnico garante prioridade em políticas públicas de emprego e qualificação profissional. O cruzamento de dados entre o cadastro e o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) possibilita o monitoramento do perfil dos novos contratados, contribuindo para a formulação de estratégias mais eficazes de inclusão produtiva.
Qual o papel do Bolsa Família na geração de empregos?
O Bolsa Família, programa de transferência de renda voltado para famílias em situação de pobreza e extrema pobreza, tem uma função além do auxílio financeiro. Em 2025, aproximadamente 75% dos novos trabalhadores formais oriundos do CadÚnico eram beneficiários do programa. Esse dado indica que o benefício não desestimula a busca por emprego, mas pode funcionar como um suporte temporário durante a transição para o mercado formal.
Uma das principais razões para esse desempenho é a chamada Regra de Proteção do Bolsa Família. Essa medida permite que beneficiários que conquistam um emprego formal mantenham parte do benefício por até dois anos, mesmo após o aumento da renda familiar. O objetivo é evitar que a perda imediata do auxílio desestimule a formalização do trabalho, criando um ambiente mais seguro para a ascensão social.

Quais são as mudanças recentes nas regras do Bolsa ?
Em julho de 2025, o governo implementou ajustes na Regra de Proteção do Bolsa Família. Agora, famílias que ultrapassam o limite de renda para entrada no programa, mas permanecem abaixo de um teto estabelecido, podem continuar recebendo 50% do valor do benefício por até doze meses. Essa alteração busca priorizar famílias em situação de maior vulnerabilidade e garantir a sustentabilidade do programa.
- Famílias com renda per capita acima de R$ 218 e até R$ 706 podem permanecer por até doze meses na Regra de Proteção.
- Para famílias com renda considerada estável, como aposentados ou pensionistas, o tempo de permanência é de até dois meses.
- Famílias com pessoas com deficiência que recebem o Benefício de Prestação Continuada (BPC) podem permanecer até doze meses na regra.
Essas mudanças têm como objetivo reduzir a fila de espera e direcionar os recursos para quem realmente necessita, além de estimular a formalização do emprego sem prejudicar a segurança financeira das famílias.
Como a integração entre CadÚnico e Bolsa Família impacta a sociedade?
A relação entre o CadÚnico e o Bolsa Família vai além da simples concessão de benefícios. Juntos, esses instrumentos promovem a inclusão social, facilitam o acesso a direitos básicos e incentivam a participação no mercado de trabalho. A manutenção de parte do benefício durante a transição para o emprego formal contribui para a estabilidade das famílias e reduz riscos de retorno à situação de vulnerabilidade.
O monitoramento constante dos dados permite ajustes nas políticas públicas, tornando-as mais eficientes e alinhadas às necessidades reais da população. Assim, o CadÚnico e o Bolsa Família seguem como pilares essenciais para a promoção da cidadania e o enfrentamento das desigualdades no Brasil contemporâneo.