O uso da inteligência artificial (IA) como fonte de informação tem ganhado espaço, especialmente entre os mais jovens. Em 2025, pesquisas apontam que uma parcela ainda pequena da população global utiliza a IA semanalmente para se informar, mas essa tendência cresce de forma mais acentuada entre pessoas com menos de 35 anos. O ChatGPT, desenvolvido pela OpenAI, lidera entre as ferramentas mais usadas para buscar notícias e esclarecimentos, seguido por plataformas como Gemini, do Google, e Llama, da Meta.
O cenário atual revela que, além de buscar informações, muitos usuários recorrem à IA para personalizar conteúdos conforme suas necessidades. Entre as funcionalidades mais procuradas estão o resumo de artigos, tradução de textos, recomendações personalizadas e respostas para dúvidas sobre temas atuais. Apesar desse avanço, a confiança plena na IA ainda não é uma realidade para a maioria, que prefere manter o papel humano na produção e curadoria de notícias.
Como a inteligência artificial está mudando o acesso à informação?
Com a popularização dos chatbots e assistentes virtuais, o acesso à informação se tornou mais dinâmico e adaptável. A IA permite que usuários obtenham respostas rápidas e resumos objetivos, facilitando a compreensão de temas complexos em menos tempo. Essa tecnologia também auxilia na tradução de conteúdos, ampliando o alcance de notícias para diferentes públicos ao redor do mundo.
Outro aspecto relevante é a capacidade da IA de sugerir conteúdos personalizados, ajustando as recomendações de acordo com o histórico e as preferências do usuário. Essa personalização contribui para que cada pessoa receba informações mais alinhadas aos seus interesses, embora também levante discussões sobre a criação de bolhas informativas e a limitação do acesso a diferentes pontos de vista.
Quais são as principais preocupações sobre o uso da IA para se informar?
Apesar do crescimento no uso da inteligência artificial para buscar notícias, existe um certo ceticismo quanto à transparência e à confiabilidade das informações geradas por esses sistemas. Muitos entrevistados em pesquisas recentes demonstram receio de que conteúdos produzidos principalmente por IA possam ser menos claros ou até mesmo imprecisos, já que os modelos de linguagem são treinados com dados disponíveis na internet, incluindo fontes de credibilidade variada.
- Transparência: Usuários questionam como as informações são selecionadas e apresentadas pelos algoritmos.
- Confiabilidade: Existe preocupação sobre a precisão dos dados e a possibilidade de disseminação de informações equivocadas.
- Direitos autorais: O uso de conteúdos jornalísticos por sistemas de IA tem gerado debates e até ações judiciais envolvendo empresas de mídia.
O papel das redes sociais e as alternativas para o consumo de notícias

As redes sociais continuam sendo canais relevantes para o consumo de notícias, mesmo diante de críticas e mudanças em suas políticas. O X, antigo Twitter, permanece como uma das principais plataformas de debate público, com uma parcela significativa dos entrevistados afirmando utilizá-lo para se informar. No entanto, outras redes como Facebook, YouTube, Instagram e WhatsApp também mantêm posições de destaque nesse cenário.
Alternativas ao X, como Bluesky, Threads e Mastodon, ainda têm pouca representatividade no universo informativo, sendo mencionadas por uma pequena fração dos usuários. O panorama indica que, apesar do surgimento de novas opções, as plataformas tradicionais seguem como as preferidas para a busca de notícias e discussões sobre temas atuais.
Como a inteligência artificial pode evoluir no jornalismo digital?
A expectativa é que a inteligência artificial continue ampliando sua presença no jornalismo digital, oferecendo ferramentas cada vez mais sofisticadas para personalização, curadoria e produção de conteúdo. No entanto, a participação humana permanece essencial para garantir a qualidade, a ética e a diversidade das informações compartilhadas. O equilíbrio entre tecnologia e intervenção humana será fundamental para que a IA contribua de forma positiva no acesso à informação, respeitando princípios de transparência e confiabilidade.