A Continuum Cheminal, indústria química brasileira com 25 anos de atuação, quer expandir sua presença para o varejo (B2C) sem perder o protagonismo que conquistou no segmento industrial (B2B). O plano foi apresentado por Henrique e Maurizio Bortali, representantes da nova e da antiga geração da empresa, no episódio mais recente do Smart Money, programa comandado por João Kepler.
O principal desafio da companhia é escalar em dois mercados com características e demandas muito diferentes. A empresa, que já é referência no tratamento de odores em ambientes industriais, quer agora levar sua tecnologia exclusiva de encapsulamento molecular para o mercado profissional e, futuramente, ao consumidor final.
“A dor da Continuum hoje é conviver com dois mundos. O mercado industrial, técnico e de grandes volumes, e o mercado de produtos profissionais, que poderia escalar muito com a nossa tecnologia”, explicou Maurizio.
Do tratamento de odores ao combate hospitalar: atuação ampla e técnica
Com linhas de produtos que vão de soluções para desodorização industrial à desinfecção hospitalar de alta performance, a Continuum já atende grandes empresas e hospitais de referência no Brasil. A tecnologia de encapsulamento molecular, desenvolvida em parceria com laboratórios internacionais, permite neutralizar odores sem mascaramento, o que diferencia seus produtos dos concorrentes.
Além disso, a empresa distribui equipamentos de desinfecção importados, aplicáveis em hospitais, hotéis e indústrias alimentícias. “Com essa tecnologia, conseguimos desinfetar 40 m² em apenas um minuto com 100 ml de produto, de forma segura e eficaz”, destacou Henrique.
Capacidade de produção e potencial de expansão da Continuum
Instalada em uma planta própria com 50% de capacidade ociosa, a Continuum produz até 176 mil litros por mês. Segundo os sócios, a estrutura já está adaptada às normas da Anvisa e preparada para escalar com rapidez caso novos canais de venda sejam consolidados.
A meta, agora, é profissionalizar o processo comercial, que hoje conta com apenas duas pessoas internamente e representantes regionais sem exclusividade. “Temos uma operação artesanal com potencial para se tornar automatizada. Para isso, precisamos de um processo mais formal, que possa ser replicado e escalado”, afirmou Maurício.
Continuum: comunicação, canais e transição para o varejo
A empresa reconhece que seu modelo atual de prospecção ainda é passivo, principalmente no setor industrial, onde a demanda costuma vir de empresas que enfrentam problemas ambientais e buscam soluções para evitar sanções regulatórias.
“A nossa vitrine precisa ser mais clara. Sabemos que o cliente com problema de odor não quer se expor. Por isso, a comunicação precisa ser precisa e direta”, afirmou Henrique.
No segmento hospitalar e de limpeza profissional, a estratégia tem sido trabalhar com distribuidores. Já para o mercado B2C, a Continuum busca entender como adaptar a linguagem, os canais e a abordagem, sem perder sua base técnica e o diferencial competitivo da marca.
O próximo passo da Continuum
Com apoio do Smart Money, a empresa deve redesenhar suas estratégias comerciais, separar claramente os motores de crescimento (industrial e varejo) e criar processos de vendas específicos para cada público.
“Estamos aqui para aprender e crescer. Sabemos que o que nos trouxe até aqui não é o que nos levará ao próximo nível. Nosso foco agora é escalar com eficiência”, concluiu Henrique.