A cidade do Rio de Janeiro foi escolhida para sediar a 82ª Assembleia Geral Anual da Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata) em junho de 2026. Este evento, organizado pelo grupo Latam, marca o retorno da assembleia à América do Sul após mais de duas décadas. A última vez que o Rio de Janeiro recebeu o evento foi em 1999, destacando a importância crescente do Brasil no cenário global da aviação.
O anúncio foi feito durante o encontro da Iata em Nova Délhi, Índia, e reflete o protagonismo do Brasil em eventos internacionais nos últimos anos. Além de sediar o G20, o país tem sido palco de grandes shows internacionais e, em breve, receberá a COP30 em Belém, Pará. Este contexto coloca o Brasil em evidência no setor aéreo global.
Quais benefícios o evento traz para o Brasil?
O retorno da assembleia ao Brasil é visto como uma oportunidade para destacar o potencial do setor aéreo na região. Jerome Cadier, CEO da Latam Brasil, afirmou que o evento reforça a posição do Brasil como um protagonista na aviação global. A escolha do Rio de Janeiro também coincide com o aniversário de 120 anos do primeiro voo de Alberto Santos-Dumont, um dos pioneiros da aviação.
Willie Walsh, diretor-geral da Iata, destacou a importância do evento para a América Latina e o Brasil. Ele vê uma oportunidade significativa para o crescimento do setor na região, apesar dos desafios enfrentados, como a valorização do dólar em relação às moedas locais.

Quais são os desafios e esperanças para o setor aéreo na América Latina?
A indústria aérea na América Latina enfrenta dificuldades, principalmente devido à dolarização do setor. Custos como combustível e aeronaves são pagos em dólar, o que impacta a rentabilidade das companhias aéreas. A Iata prevê um lucro de US$ 1,1 bilhão para as companhias da região em 2025, uma leve redução em relação a 2024.
Apesar desses desafios, a expectativa é de crescimento. A Iata projeta um aumento de 5,8% na região, alinhado com a média global. Este crescimento é visto como um ajuste temporário, com potencial de recuperação nos próximos anos.
Como a Latam se prepara para encantar no evento?
A Latam, anfitriã da assembleia, transportou um número recorde de 82 milhões de passageiros em 2024. A companhia conecta o Brasil a mais de 90 aeroportos, reforçando sua posição no mercado. A ideia de trazer o evento ao Brasil começou a ser articulada em 2024, durante uma visita do presidente Lula ao Chile.
O evento de 2026 será uma oportunidade para a Latam e outras companhias aéreas da região demonstrarem sua capacidade de inovação e adaptação em um mercado desafiador. A expectativa é que o evento impulsione ainda mais o setor aéreo brasileiro e latino-americano.
O que o futuro reserva para a aviação na América Latina?
O futuro da aviação na América Latina parece promissor, apesar dos desafios econômicos. A realização da Assembleia Geral da Iata no Rio de Janeiro em 2026 é um indicativo do potencial de crescimento e desenvolvimento do setor na região. Com investimentos estratégicos e políticas adequadas, a América Latina pode se tornar um dos principais polos de aviação no mundo.
O evento também servirá como uma plataforma para discutir inovações e soluções para os desafios enfrentados pela indústria, promovendo um ambiente de colaboração entre as principais companhias aéreas e stakeholders do setor.