Nos Estados Unidos, o dado de inflação veio em linha com as expectativas, enquanto o PIB ficou abaixo do esperado, confirmando a desaceleração que o mercado já vinha precificando. Marco Prado, apresentador do Pre-Market, destaca que “o dado de inflação veio em linha e um PIB menor que o esperado não surpreendeu muito o mercado, que já aguardava essa desaceleração.“ As falas dos membros do Federal Reserve mantiveram a política monetária firme, com a expectativa do primeiro corte de juros apenas em setembro.
A guerra comercial ganhou um novo capítulo com a decisão do Tribunal de Comércio dos EUA de derrubar as tarifas impostas por Trump, seguida de recurso em instância superior.
“A guerra tarifária passou para um movimento de judicialização, mas isso não trouxe muito temor para o mercado, pois o assunto já está incorporado no viés de crescimento econômico global menor.“ destacou o apresentador do Pre-Market.
Mercado asiático e europeu: estabilidade apesar dos desafios
Na Ásia, o mercado teve comportamento estável, mesmo com o balanço positivo da NVIDIA, que não sustentou o setor de tecnologia. Na Europa, o Banco Central Europeu mantém discurso firme em relação à política monetária, com indicadores positivos na Alemanha trazendo certa tranquilidade. Marco Prado observa que “a Europa se mostrou estável, apesar da inflação persistente principalmente em moradia.”
Mercado brasileiro: crise do IOF e volatilidade política
No Brasil, a crise em torno do imposto IOF dominou a pauta da semana, com o governo enfrentando dificuldades para avançar no Congresso, pressionado principalmente pela indústria e pelo agronegócio.
“O agronegócio foi o grande impulsionador para a alta do PIB, mas o mercado está receoso diante da indefinição sobre as medidas que o governo pode adotar para compensar a receita.“, analisa Marco Prado.
Impacto no mercado com a popularidade do presidente Lula
A pesquisa mostrando a pior popularidade do presidente Lula desde o início do mandato aumentou o temor de que medidas populistas sejam adotadas visando a reeleição em 2026, ampliando os riscos fiscais.
“Esse cenário fez com que o dólar disparasse e a bolsa caísse no último dia do mês, refletindo a cautela dos investidores no mercado.” avaliou o especialista.