O senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) tem se consolidado como uma das figuras centrais na articulação política de pautas sensíveis ao governo federal. Além de sua influência no Senado, Alcolumbre também tem atuado de forma ativa na liberação da exploração de petróleo na Foz do Rio Amazonas, tema considerado estratégico tanto para a economia quanto para sua base eleitoral.
Alcolumbre tem Interesse regional move atuação
De acordo com o economista Vandyck Silveira, a atuação de Alcolumbre nesse projeto específico representa uma defesa clara de interesses locais. “É muito óbvio para mim que ele está advogando em causa própria. E faria o mesmo se estivesse no lugar dele”, declarou. A exploração da área já vinha sendo defendida pelo senador desde seu primeiro mandato como presidente do Senado, há cerca de cinco anos.
Potencial de transformação no Norte e Nordeste
Silveira argumenta que a autorização para a exploração de petróleo na Foz do Amazonas pode beneficiar diretamente diversos estados do Norte e do Nordeste, como Amapá, Maranhão, Pará, Ceará e Rio Grande do Norte. Segundo ele, essas regiões enfrentam indicadores sociais críticos, como pobreza elevada e baixos níveis de escolaridade.
“Qualquer tipo de estrutura que traga mais educação, qualificação profissional e desenvolvimento para essas populações será bem-vinda”, reforçou o economista.
Além do impacto regional, o avanço da Petrobras sobre a região pode trazer efeitos relevantes para o mercado financeiro. “A ação da Petrobras hoje deve dar uma bombada”, afirmou Silveira, ao prever uma valorização no papel da companhia em função da liberação para exploração. A avaliação é de que o movimento reforça a posição estratégica da empresa no setor de energia.
Alcolumbre alia articulação política e interesses do Amapá
O caso ilustra como a articulação de lideranças políticas regionais pode influenciar diretamente grandes projetos nacionais. No entendimento de Silveira, Alcolumbre alia seu peso político à defesa de causas relevantes para o Amapá, seu estado de origem. “Ele está tentando viabilizar um projeto que pode mudar a realidade econômica da região. Isso é legítimo”, concluiu.