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Opinião: “Brasil e o desafio do novo comércio global”

Por Redação BM&C News
09/05/2025
Em Opinião
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* Por Vladimir Fernandes Maciel, Coordenador do Mackliber e professor do Mestrado Profissional em Economia e Mercados da Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM).

O fim da Segunda Guerra Mundial, em 1945, deu origem a uma nova ordem internacional baseada na cooperação multilateral. Instituições como a ONU, o FMI, o Banco Mundial e o GATT (posteriormente transformado na OMC) foram criadas para evitar os erros dos anos 1930, quando barreiras comerciais e nacionalismo econômico agravaram a crise e prepararam o terreno para o conflito. A ideia era simples e poderosa: interdependência econômica entre as nações reduziria o risco de novas guerras e promoveria o crescimento global.

Quase 80 anos depois, essa arquitetura está sendo desafiada de dentro para fora, e pelo próprio país que a liderou: os Estados Unidos. Em 2025, sob o governo de Donald Trump, os EUA abandonaram a lógica econômica liberal consagrada desde Adam Smith, segundo a qual a riqueza de uma nação depende da alocação eficiente dos recursos produtivos, não da obtenção de superávits comerciais. A defesa do livre-comércio como alavanca para o aumento do bem-estar — ao garantir acesso a bens e insumos mais baratos e, ao mesmo tempo, permitir ganhos de escala e produtividade com exportações — cedeu lugar a uma política protecionista agressiva.

Em desrespeito a acordos multilaterais e normas da OMC, os EUA elevaram as tarifas de importação contra todos os seus parceiros comerciais, inclusive a Europa. No caso da China, a alíquota chegou a 125%, o que equivale a um bloqueio de fato. Embora tenha havido a promessa de tarifas recíprocas, a aplicação foi adiada por 90 dias (exceto para a China), criando espaço para negociações bilaterais. O recado é claro: ou os países cedem, ou enfrentam barreiras permanentes — como a tarifa mínima de 10% já confirmada.

Duas leituras disputam a interpretação desse movimento. A primeira vê nas tarifas um instrumento de negociação geopolítica, para conter a ascensão da China e recuperar o protagonismo americano. A segunda considera a estratégia fruto de uma visão nostálgica, errática e desinformada da presidência — baseada em ideias ultrapassadas sobre a balança comercial. Os dados, afinal, mostram que a economia americana segue forte: produtividade, consumo per capita e salários reais continuam em alta. O impacto da China no emprego industrial, embora real, é limitado: cerca de 3 milhões de empregos em décadas, frente à rotatividade mensal de milhões de vagas no mercado de trabalho dos EUA.

Medidas protecionistas, somadas a restrições migratórias, tendem a encarecer a produção e impulsionar a inflação. O risco, já apontado por analistas, é o surgimento de um quadro de estagflação — estagnação com alta de preços — com repercussões globais.

Diante desse cenário, o Brasil precisa atuar com inteligência, resgatando sua tradição diplomática e abandonando posturas ideológicas. Retaliações comerciais, embora autorizadas, devem ser evitadas. O momento exige negociações firmes e pragmáticas com os EUA, visando manter o acesso ao maior mercado do mundo. Também é hora de impulsionar a ratificação do acordo Mercosul-União Europeia e aproveitar a demanda chinesa por insumos — como alimentos e minérios — antes fornecidos pelos EUA.

Além disso, o país deve aproveitar a janela de oportunidade para modernizar sua indústria e sua infraestrutura, importando máquinas e tecnologias, além de atrair investimentos diretos que, diante das incertezas no mercado americano, possam buscar outros destinos, especialmente europeus e chineses.

Em vez de levantar novas barreiras, o Brasil deve abrir-se de forma estratégica. Em um mundo em transição e sem rumo definido, transformar incerteza em oportunidade exige serenidade, planejamento e diplomacia.

Vladimir Maciel, da Mackenzie. Foto: Divulgação

As opiniões transmitidas pelos nossos colunistas são de responsabilidade deles e não refletem, necessariamente, a opinião da BM&C News.

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