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Opinião: entre Washington e Pequim: o Brasil é peça ou jogador?

Marcus Vinícius de Freitasby Marcus Vinícius de Freitas
10/04/2025

O documento “A Posição da China sobre Algumas Questões nas Relações Econômicas e Comerciais Sino-Americanas”, emitido pelo governo chinês em resposta ao aumento das tarifas aduaneiras impostas pelo governo Donald Trump, representa muito mais do que uma simples resposta diplomática às crescentes tensões com os Estados Unidos. Trata-se de uma peça estratégica cuidadosamente elaborada que revela como Beijing pretende navegar nas complexas águas da geopolítica econômica contemporânea.

Os números que sustentam esta relação bilateral são, ao mesmo tempo, impressionantes e reveladores. Em 2024, o volume total de comércio entre as duas nações atingiu a marca histórica de 688,28 bilhões de dólares — um aumento extraordinário de 275 vezes em relação a 1979, ano da normalização das relações diplomáticas. Destaca-se, em especial, o crescimento das exportações americanas para a China desde a entrada de Beijing na OMC em 2001, que saltaram 648,4%, superando em mais de três vezes o crescimento das exportações americanas para o restante do mundo no mesmo período. Atualmente, os EUA são o maior destino de exportações da China e a segunda maior fonte de suas importações. Reciprocamente, a China figura como o terceiro maior destino das exportações dos EUA e a segunda maior origem de suas importações.

Esse entrelaçamento é reforçado por laços financeiros profundos: segundo o Departamento do Tesouro norte-americano, a China mantinha, até dezembro de 2024, 759 bilhões de dólares em títulos do Tesouro dos EUA, consolidando-se como seu segundo maior credor externo.

O documento surge em um momento delicado: tarifas de ambos os lados ultrapassam 100%, o clima político nos Estados Unidos é marcado por retórica eleitoral inflamada, e o sistema multilateral de comércio encontra-se fragilizado. Nesse cenário, a China busca reposicionar-se não apenas como potência econômica, mas também como pilar de estabilidade institucional — em nítido contraste com a abordagem norte-americana, marcada por unilateralismo e confronto.

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Três aspectos centrais do documento merecem destaque.

O primeiro é o compromisso declarado com o multilateralismo e com a ordem econômica internacional baseada em regras. A China reafirma seu apoio à OMC e condena o uso sistemático de medidas protecionistas pelos Estados Unidos. Critica o abandono da cooperação e a substituição do diálogo por sanções unilaterais. Ao fazer isso, apresenta-se como uma alternativa racional frente a uma liderança americana cada vez mais errática.

O segundo ponto é a ênfase na cooperação como caminho para o benefício mútuo. A China sustenta que o conflito comercial prejudica ambas as partes — e o mundo. Reitera que desequilíbrios devem ser resolvidos com base em diálogo e no reconhecimento da interdependência. A lógica do “ganha-ganha”, marca da diplomacia chinesa, torna-se, aqui, também um diferencial estratégico.

O terceiro aspecto é a rejeição da politização do comércio e da invocação arbitrária da “segurança nacional” como pretexto econômico. O documento denuncia as restrições americanas às exportações e os ataques a empresas chinesas como práticas que minam o sistema multilateral e incentivam sua fragmentação.

Por trás dessa linguagem diplomática, encontra-se uma mensagem geopolítica clara: a China não busca submeter-se, tampouco romper com o sistema. Ela quer reformá-lo, com base nos princípios da legalidade, mas adaptando-o à nova realidade do poder global. Com sua rede de parceiros — mais de 140 países e territórios — e sua postura previsível, Beijing aposta na racionalidade estratégica como forma de influência.

Ao divulgar o documento, a China envia um sinal calculado: prefere a estabilidade ao caos, o diálogo às tarifas, a cooperação ao confronto. Num cenário internacional marcado pela imprevisibilidade, esse posicionamento é, em si, uma forma de liderança — e uma oportunidade para aqueles que souberem interpretá-lo com pragmatismo e visão estratégica.

Nesse contexto, o Brasil, como potência agrícola global, deve estar atento às oportunidades geoeconômicas abertas pela ação do governo Trump. A China é, hoje, um dos mercados mais relevantes para produtos agrícolas norte-americanos. Dados das Nações Unidas mostram que, em 2024, a China foi destino de 51,7% das exportações de soja dos Estados Unidos, 29,7% do algodão, 17,2% dos circuitos integrados, 10,7% do carvão, 10% do gás liquefeito de petróleo (GLP), 9,4% dos equipamentos médicos e 8,3% dos veículos de passageiros exportados pelos EUA. Em diversas dessas categorias — especialmente no agronegócio — o Brasil possui condições plenas de suprir eventuais lacunas e fortalecer ainda mais sua posição como parceiro comercial confiável da China e do BRICS. 

Trump não oferecerá grandes vantagens ao Brasil. Ele aposta no caos e espera uma subserviência da comunidade internacional que, de fato, é humilhada por tal situação. Ao adotar uma posição de vítima do sistema do comércio internacional, Trump esconde o quanto os Estados Unidos se beneficiaram de uma ordem internacional que eles construíram e da qual se beneficiaram. Infelizmente, na perspectiva de soma zero, nenhum país pode ascender economicamente. E isto é um grande erro.

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