O Ibovespa fecha mais um pregão em alta, descolado dos índices de Nova York que fecham em queda. O bom desempenho do indicador acompanhou o avanço do setor de serviços em dezembro, que ficou acima das projeções do mercado e animou os investidores.
Na agenda de indicadores domésticos, foram divulgados os resultados do setor de serviços, que apresentou alta de 1,4% em dezembro, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O número veio acima das projeções do mercado, que apontavam para uma alta de 0,7%. No mês anterior, em novembro, o setor de serviços avançou 2,4%. No acumulado do ano, o segmento cresceu 10,9% e reverteu as perdas do ano anterior.
No setor corporativo, a XP avaliou que a conclusão da venda da Oi (OIBR3) para as rivais Claro, TIM (TIMS3) e Vivo (VIVT3) é positiva para todos os players envolvidos, mas especialmente para a Oi e TIM.
Além disso, os investidores aguardam os resultados trimestrais do Itaú Unibanco (ITUB4), Alpargatas (ALPA4), Multiplan (MULT3) e BR Partners (BRBI11), que serão divulgados logo após o fechamento de mercado.
Nos EUA as bolsas fecham em queda, devido a um clima pessimista reforçado pelo avanço da inflação para o maior patamar em 40 anos no país.
O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, fechou em alta de +0,81%, cotado a 113.367,77 pontos.
O dólar comercial fechou em queda de +0,29%, cotado a R$ 5,2418
Nos Estados Unidos, as bolsas fecharam mistas. O S&P 500 fechou em desvalorização de -1,81% (4.504,06), o Nasdaq registrou queda de -2,10% (14.185,64), enquanto o Dow Jones encerrou o dia caindo em -1,47% (35.241,69).
Confira os destaques desta quinta-feira:
Quadro fiscal está melhor que projeções do governo anterior mesmo com pandemia, diz ministério
Nota técnica produzida pelo Ministério da Economia argumenta que mesmo com a crise provocada pela pandemia de Covid-19, o atual cenário fiscal se mostra melhor do que as projeções feitas em 2018 pelo governo do então presidente Michel Temer, em hipóteses que consideravam a adoção de reformas fiscais.
Os dados reunidos pela Secretaria de Política Econômica da pasta mostram que o quadro é mais positivo do que as melhores projeções da gestão Temer para dívida líquida do setor público, receita líquida do governo central, resultado nominal do setor público e despesas com Previdência. Dados do resultado primário do governo central, despesas primárias totais e dívida bruta ficaram próximos às projeções mais otimistas, mas não as ultrapassaram.
A condução das contas públicas no governo Jair Bolsonaro vem sendo colocada em dúvida por agentes de mercado em meio a pressões por mais gastos em ano eleitoral.
Serviços crescem mais que o esperado em dezembro e marcam expansão recorde em 2022
O volume de serviços prestados no Brasil cresceu bem mais do que o esperado em dezembro e terminou 2021 com expansão recorde na série histórica, recuperando-se do impacto da pandemia que afundou o setor no ano anterior.
Em dezembro o setor de serviços registrou avanço de 1,4% em relação ao mês anterior, segundo mês de alta, ampliando ainda para 6,6% o distanciamento em relação ao nível pré-pandemia, de fevereiro de 2020.
Em relação ao mesmo período do ano anterior, o volume apresentou ganho de 10,4%, 10ª taxa positiva, informou nesta quinta-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Ambos os resultados ficaram acima das expectativas em pesquisa da Reuters, de ganhos de 0,9% na comparação mensal e de 9,1% na base anual.
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