Esta terça-feira (8) foi marcada por quedas e altas do Ibovespa. Mesmo assim, o principal índice da bolsa brasileira conseguiu finalizar o pregão com um saldo positivo.
Em uma agenda de poucos indicadores, o índice acabou pressionado negativamente pela curva de juros e pelo recuo dos preços das commodities, em particular o petróleo, que puxa ações de petrolíferas para baixa. A cotação da commodity no exterior recuou por mais uma sessão, perdendo o patamar dos US$ 90.
Nesta terça, o que movimentou o mercado foi a divulgação da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), realizada nos dias 1 e 2 de fevereiro, pelo Banco Central. A autoridade monetária preferiu não sinalizar a magnitude do próximo ajuste na taxa básica de juros, mas antecipou que o ritmo será menor.
Nos EUA as bolsas também fecharam em alta. Por lá os investidores permanecem de olho na política monetária norte-americana e as tensões envolvendo a Rússia e a Ucrânia. Além disso, o avanço dos preços do petróleo também esteve no radar durante todo o dia.
O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, fechou em alta de +0,21%, cotado a 112.234,46 pontos.
O dólar comercial fechou em alta de +0,11%, cotado a R$ 5,2606
Nos Estados Unidos, as bolsas fecharam mistas. O S&P 500 fechou em valorização de +0,84% (4.521,48), o Nasdaq registrou alta de +1,28% (14.194,45), enquanto o Dow Jones encerrou o dia subindo em +1,06% (35.463,37).
Confira os destaques desta sexta-feira:
Ata do Copom confirma diminuição do ritmo de alta da Selic
O Banco Central (BC) divulgou nesta terça-feira (8) a ata da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), realizada nos dias 1 e 2 de fevereiro. A autoridade monetária preferiu não sinalizar a magnitude do próximo ajuste na taxa básica de juros, mas antecipou que o ritmo será menor.
“Concluiu-se que um novo ajuste de 1,50 ponto percentual, seguido de ajustes adicionais em ritmo menor nas próximas reuniões é a estratégia mais adequada para atingir aperto monetário suficiente e garantir a convergência da inflação ao longo do horizonte relevante”, destacou a ata do copom.
O BC afirmou que a inflação ao consumidor segue elevada, com alta disseminada entre vários componentes. “A alta nos preços dos bens industriais não arrefeceu e deve persistir no curto prazo, enquanto a inflação de serviços acelerou, ainda refletindo a gradual normalização da atividade no setor”, mostra a ata.
Após ata do Copom, mercado espera alta de juro em maio e vê Selic acima de 12% ao fim de ciclo de aperto
As taxas do mercado de juros futuros subiam nesta terça-feira, com operadores reagindo a uma ata do Copom considerada mais dura com a inflação e colocando mais fichas na possibilidade de altas de juros para além de março e numa Selic mais elevada ao final do ciclo de aperto, enquanto os bancos também ajustavam suas projeções.
A curva de DI embutia 49,59 pontos-base de alta do juro básico no Copom de maio, acima dos 44,29 pontos-base da véspera. Para a reunião de junho, os contratos mostravam 21,17 pontos-base de acréscimo, ante 14,76 pontos-base na segunda-feira. Para agosto, a precificação saltou a 8,38 pontos-base, de 1,21 ponto-base na sessão anterior.
“Na ata de hoje, o Comitê ajustou o tom e foi mais explícito sobre o BC ver necessidade de uma postura de política monetária mais apertada do que o cenário de referência –onde taxas sobem para 12% em maio, caem para 11,75% no fim deste ano e para 8% em 2022– para levar a inflação de volta à trajetória de metas em tempo hábil”, disseram em relatório Cassiana Fernandez e Vinicius Moreira, da área de pesquisa econômica do J.P.Morgan.
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