
O Ibovespa fechou em alta nesta quarta-feira (21), mas as bolsas ficaram agitadas e ações bem diversificadas. Os balanços trimestrais foram o principal motivo da forte valorização de alguns papéis.
Hoje, a Desktop estreou na Bovespa (B3) e registrou um ganho de 3,19% no final de pregão, mas chegou a ter ganhos acima de 10% pela manhã.
A Neoenergia, a IRB Brasil e a Romi divulgaram os resultados trimestrais nas últimas horas. Os balanços favoráveis de ótimos lucros alavancaram os ganhos na bolsa dessas três empresas.
Em contrapartida, as Lojas Americanas e Americanas S.A despencaram com a divisão de seu papel, o que vem gerando confusão entre os acionistas desde o começo da semana.
Confira os destaques da bolsa de valores hoje:
Desktop (DESK3)
A Desktop finalizou a oferta pública de ações (B3) nesta quarta e estreou na B3 oficialmente. Pela manhã, a DESK3 chegou a disparar 10,21%, mas ao longo do dia foi acalmando e fechou o primeiro dia com alta de 3,19%, cotado a R$ 24,25.
“Iniciamos agora uma nova fase que irá trazer enormes desafios, mas tenho certeza de que estamos preparados, continuamos com garra e vontade de atender melhor e fazer diferente. Vamos atingir todos os nossos objetivos e sempre vamos trabalhar para atender o cliente com um esforço a mais”, disse Denio Alves Lindo, CEO da Desktop, em discurso que antecedeu a estreia.
Na terça-feira (20), a empresa divulgou a precificação do IPO. De acordo com o prospecto definitivo da operação, foram vendidas inicialmente 30.435.000 ações ordinárias no âmbito da oferta primária, totalizando 715,2 milhões de reais.
IRB Brasil (IRBR3)
A IRB Brasil teve o maior ganho do Ibovespa, com ação fechando em alta de 8,5%, cotado a R$ 6. A empresa divulgou pela manhã o balanço de maio, onde reverteu o prejuízo do mesmo mês do ano passado.
A empresa teve lucro líquido de R$ 7,5 milhões em maio deste ano. Desde o início do ano, o IRB registrou lucro de de R$ 9,4 milhões ante prejuízo de R$ 337,2 milhões no mesmo período de 2020.
Considerando o resultado antes dos impostos, a empresa teve lucro de R$ 10,8 milhões em maio, uma melhora em relação ao valor negativo de R$ 327,9 milhões reportado no quinto mês do ano passado. No acumulado, o resultado positivo foi de R$ 21,9 milhões.
Neoenergia (NEOE3)
A empresa de energia elétrica divulgou o resultado do segundo trimestre de 2021, com lucro líquido mais que dobrando em relação ao ano passado. O registro impulsionou o papel NEOE3, que terminou em alta de 1,34%, a R$ 18,10.
O lucro líquido da elétrica Neoenergia atingiu 1 bilhão de reais no segundo trimestre deste ano, salto de 137% em relação ao mesmo período do ano passado, impulsionado pela recuperação do mercado após medidas mais rígidas para contenção da Covid-19.
O Ebitda da Neoenergia avançou 108% no trimestre até junho, para 2,3 bilhões de reais. O CEO da empresa, Mario Ruiz-Tagle chamou atenção para esforços em aspectos como o combate a perdas, citando especialmente as distribuidoras Coelba e Celpe, e afirmou que a arrecadação e a energia injetada também foram destaques no trimestre.
Romi (ROMI3)
O balanço trimestral das Indústrias Romi também veio com resultados muito positivos. A empresa fechou nesta quarta cotado a R$ 24,80, alta de 1,10%.
O resultado líquido no segundo trimestre de 2021 somou R$ 42,8 milhões, representando um crescimento de 277% em relação ao lucro líquido ante mesmo período em 2020.
O Ebitda foi de R$ 66,5 milhões (245,9% acima do 2º trimestre de 2020), representando uma margem de 18,9% no trimestre. A receita operacional líquida registrada pela companhia no 2T21, atingiu R$351,4 milhões, montante 58,6% e 79,3% superior ao primeiro trimestre de 2021 e segundo de 2020, respectivamente.
Americanas (LAME3; LAME4; AMER3)
As ações da Lojas Americanas e o novo AMER3, ticker vindo a fusão entre Americanas S.A. e B2W Digital, terminaram com as principais quedas da bolsa brasileira. Nesta quarta, o papel registrou queda de 5,67%, cotado a R$ 57,85.
Os papéis da Lojas Americanas (LAME3;LAME4) tiveram as maiores baixas do mercado. As ações ordinárias caíram 6,18%, a R$ 7,74, enquanto as preferenciais estão em queda de 5,16%, cotado a R% 7,90.
Rafael Ribeiro, analista de ações da Clear, em entrevista exclusiva à BM&C News, analisou os motivos dessa queda. “O mercado teve essa cisão e, aparentemente, o mercado estava esperando um desconto, saiu a cisão e estava tendo muito mais do que o esperado”, disse.
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