A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) informou ao mercado, em fato relevante, que a distribuição de dividendos dos fundos imobiliários não pode exceder o lucro contábil. O caso tem como base um processo em andamento do FII MXRF11.
“Foi algo um pouco exagerado e é uma decisão que inviabiliza (…) eu acho que a CVM errou um pouco a mão”, avaliou Guilherme Carter, especialista em fundos imobiliários, durante participação no programa BM&C Stock.
O fundo MXRF1 é onde possui o maior número de cotistas na indústria, chegando a quase meio milhão.
Com isso, o especialista disse que pode ser tratado como uma amortização e que pode impactar na maneira como os fundos imobiliários distribuem seus resultados, além de causa mal-estar no mercado.
“A amortização impacta o cotista. Acaba afetando quando o cotista for vender esse ativo, porque ele tem que diminuir o preço médio dele, e ele vai ter mais custos tributários lá na frente”, disse ao dar como exemplo o fundo imobiliário de tijolo.
Guilherme explicou que a reavaliação patrimonial do fundo não tem efeito caixa. “Vai ter de distribuir algo que ele [empresa] não tem”.
Por fim, o especialista ressaltou que a CVM deve trazer uma solução positiva, uma vez que a decisão recente cria uma insegurança de curto prazo.
“Eu não acho que isso deve prosperar para todos os fundos”, ressaltou Guilherme.
Confira a análise completa no vídeo abaixo:
Se inscreva no nosso canal e acompanhe a programação ao vivo.