O Banco Central (BC) realizou nesta terça-feira (18) um leilão de linha, vendendo US$3 bilhões com compromisso de recompra para o mercado, em um movimento estratégico para manter a liquidez e evitar oscilações abruptas na cotação do dólar. Esta é a terceira intervenção cambial sob a gestão de Gabriel Galípolo.
Leilão de dólares do BC e impacto no mercado
A operação ocorreu entre 10h30 e 10h35, com o BC aceitando cinco propostas a uma taxa de corte de 5,411%. A recompra dos recursos está agendada para 2 de outubro de 2025. A taxa de câmbio utilizada foi a Ptax das 10h, que registrou R$5,7046.
O objetivo principal foi a rolagem de um leilão de linha realizado em 16 de dezembro, quando o BC vendeu outros US$3 bilhões com recompra prevista para 6 de março deste ano. Essa estratégia evita um impacto negativo na oferta de moeda estrangeira e busca manter um ambiente de estabilidade para os agentes do mercado.
Objetivo da intervenção e estabilidade do câmbio
A venda de dólares tem como foco impedir que uma demanda adicional por moeda estrangeira pressione a taxa de câmbio e gere volatilidade excessiva no mercado. Esse tipo de leilão de linha, ao oferecer dólares ao mercado com compromisso de recompra futura, é uma ferramenta amplamente utilizada para manter a liquidez cambial.
Nesta sessão, além do leilão de linha, o BC também programou um leilão de até 15.000 contratos de swap cambial tradicional, visando a rolagem dos vencimentos de 1º de abril de 2025.
Histórico de intervenções na era Galípolo
Desde que assumiu a presidência do BC, Gabriel Galípolo já promoveu três intervenções no câmbio. A primeira delas ocorreu em 20 de janeiro, com a venda de US$2 bilhões em dois leilões de linha, no mesmo dia da posse de Donald Trump nos Estados Unidos. Já em 29 de janeiro, o BC voltou a atuar, vendendo mais US$2 bilhões para rolar vencimentos de 4 de fevereiro.
No pregão desta terça-feira, após a nova intervenção do BC, o dólar operava em leve alta. Às 11h01, a moeda norte-americana era cotada a R$5,7140, uma variação de 0,02% em relação ao pregão anterior, mantendo o padrão observado antes da operação cambial.